Michael Angelo Batio, um dos guitarristas mais velozes do heavy metal, revelou em entrevista à Guitar World que se impressiona com o nível dos músicos de hoje em dia.
Durante o bate-papo, ele afirmou que guitarristas de 10 anos ou até 5 anos de idade estão fazendo o que ele só aprendeu na casa dos 20. Segundo Batio, a geração atual de músicos é a melhor que ele viu.
“Os guitarristas atuais parecem adorar intervalos mais amplos, como se todos tentassem encontrar um arpejo perdido pelo tapping. Estão no estágio que eu estava nos meus 20 e poucos anos, só que com 10 ou até 5 anos de idade”, afirmou.
O músico reconhece que seus colegas mais jovens têm a vantagem de poder assistir a vídeos em que outros mais experientes mostram, de perto, como tocar. “Eu não tinha isso, precisava ir a shows de caras como Al Di Meola ou George Benson para ver como eles faziam”, disse.
Em seguida, Michael Angelo Batio aponta que a teoria musical como um todo parece ter mudado nos últimos 20 anos. “Aprendi os modos da música sacra clássica, do jônico ao lócrio. Hoje, parece que existem milhares de escalas, sendo que antigamente diziam que só existiam umas 30. Dá para tocar uma escala húngara menor que é exclusiva de músicos da Hungria, ou o modo frígio espanhol do sul da Espanha”, afirmou.
Batio também revelou que não costuma ficar tanto tempo se aquecendo para tocar guitarra. “Após 20 minutos, o motor ganha a mesma agilidade. Os dedos têm músculos rápidos. Tocar guitarra é como digitar em um teclado. É uma questão de habilidade. Não é como no futebol, onde é preciso correr por duas horas”, disse.
