G3: como nasceu o projeto de guitarristas, criado por Joe Satriani

O G3 foi idealizado por Joe Satriani e reuniu guitarristas como Eric Johnson, Steve Vai, Yngwie Malmsteen, John Petrucci, Robert Fripp, Paul Gilbert e mais. Porém, Satriani encontrou uma série de dificuldades ao lançar a ideia.
Foto: divulgação

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O G3 promoveu algumas das turnês mais célebres entre os fãs de guitarra. Idealizado por Joe Satriani, o projeto já reuniu nomes do porte de Steve Vai, Yngwie Malmsteen, John Petrucci, Robert Fripp, Paul Gilbert, Steve Morse, Steve Lukather, Uli Jon Roth, Michael Schenker e vários outros, além de participações de Tony MacAlpine, Brian May, Billy Gibbons, George Lynch e por aí vai.

Como toda ideia diferente, o G3 enfrentou resistência ao ser apresentado para o mercado. Com muito custo, a primeira turnê foi realizada em 1995, com Satriani convencendo diversos promotores de eventos a acreditarem no trabalho.

Em depoimento durante sua sessão de streaming nas redes, ‘Club Joe Streaming Sessions’, com transcrição do Ultimate Guitar, o guitarrista comentou que pensou no G3 porque sempre estava longe de seus amigos guitarristas. “Eu estava fazendo sucesso, mas sempre que eu estava na Califórnia, ele estava em Paris. Se eu estava em Tóquio, ele estava na Romênia. Eu pensava: ‘quando eu vou poder me juntar com meus amigos e tocar guitarra?’. Quando moleque, sonhava em ser rockstar para sair com meus amigos e tocar com eles”, disse.

Sentindo-se bastante solitário, Satch pensou no projeto, que consiste em reunir três guitarristas para excursionar juntos – cada um tem seu set individual e, por fim, todos sobem ao palco para tocar mais algumas músicas. “Não necessariamente para tocar o novo álbum ou os grandes hits. Era para fazer algo que pudéssemos celebrar juntos, celebrar a história da guitarra. Chegar com uma proposta assim para os empresários era pedir muito, mas virou algo legal”, afirmou.

De acordo com Joe Satriani, a parte mais difícil foi convencer não só os empresários, como os artistas, que seria legal tocar com alguém que era visto como seu “rival”. Segundo ele, o clima de “competição”, comum na música, era ainda mais acirrado entre os guitarristas.

“Eu estava me sentindo bem com isso porque queria chamar caras que eram melhores do que eu. Eu só queria ficar com eles e vê-los tocando. O público já sabe quem é seu favorito, não é por isso que eles estão indo ao show: estão indo porque os artistas se abriram, baixaram a guarda e foram eles mesmos. Se alguém falasse que Hendrix, Page, Clapton e Beck fariam uma jam juntos, eu estaria lá para ver”, contou.

Com relação aos promotores de eventos, a dificuldade consistia no fato de eles pedirem três shows separados, em meses diferentes. “Não queriam os três na mesma noite, por ser muito caro e arriscado. Foi um obstáculo. Tivemos que convencê-los de que seria especial, que vai despertar algo na plateia, e que não haveria prejuízo. Os promotores acabam assumindo o risco, por isso, demorou um ano para convencê-los”, disse.

Acabou dando tudo certo desde a primeira turnê, que reuniu Joe Satriani, Steve Vai e Eric Johnson. “Recebemos convites de todo o mundo, além de artistas pedindo para entrar no G3. Foi preciso muito esforço, mas veio desse pequeno desejo que eu tinha de sair por aí e curtir com Steve e o restante dos meus amigos de forma regular, como era no passado. Aprendemos tanto um com o outro e eu sentia falta disso”, afirmou.

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