Joe Satriani diz que nunca foi um shredder da guitarra – e luta para mudar essa imagem

Joe Satriani se lançou nos anos 80 como um habilidoso shredder da guitarra, mas não é do tipo que "desfila técnica" em todas as suas músicas. Por isso, ele segue tentando mudar a concepção que as pessoas criaram sobre ele.
Foto: divulgação

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Joe Satriani é um dos guitarristas mais ativos da música instrumental. Com mais de 15 álbuns solo lançados, além de parcerias e projetos como o G3 e o Chickenfoot, ele nunca parou de produzir.

Apesar de Satriani ter tantos materiais disponíveis para qualquer um ouvir na internet, muitos fãs construíram uma imagem diferente do músico, que se lançou como um habilidoso shredder da guitarra, mas não é do tipo que “desfila técnica” em todas as suas músicas. Em entrevista ao Music Radar, transcrita pela Classic Rock, ele disse que sua proposta artística mudou há um bom tempo, mas nem todos parecem ter descoberto isso.

Satch revelou que lida com o “dilema da fritação” na guitarra desde o início de sua carreira como artista solo. “Quando assinei com a Relativity Records, o presidente da gravadora estava preocupado, pois meu primeiro álbum tinha algumas coisas de shredding, mas também tinha muita coisa diferente que não fazia a linha dos artistas da (gravadora) Shrapnel, como Yngwie Malmsteen e outros. O quociente de shred deles estava em 99%, mas eu dizia que não fazia só isso”, disse.

O guitarrista acabou contratado pela gravadora após mostrar músicas que traziam mais solos técnicos e rápidos. “Os caras da gravadora também diziam que eu não me parecia como um rockstar. Achei rude da parte deles. Fiz um show à noite para ver se conseguia convencê-los a ter o sinal verde para o álbum que seria ‘Surfing with the Alien’ (1987), daí o presidente ouviu músicas como ‘Satch Boogie’ e talvez ‘Crushing Day’, viu o shredding ali e enxergou cifras de dinheiro, então, ele assinou”, afirmou.

Todavia, gerou certa confusão quando Satriani apresentou faixas como ‘Midnight’ e ‘Echo’. “Ficavam perguntando o que era aquilo. Se não fosse rápido e com two hands, eles não entendiam, sabe? No álbum seguinte, ‘Flying in a Blue Dream’ (1989), eu os deixei ainda mais putos, pois algumas músicas não traziam nada de shred. A história da minha carreira, todos os discos que ganharam certificação de platina, têm coisas de shred que não pertenciam àquilo ali”, disse.

Com a fama de Joe Satriani, o dilema se amplificou, pois ele se preocupava em dizer aos outros que era um compositor – e busca mostrar isso a cada novo lançamento, já que deixou de ser uma aposta de gravadora e se transformou em um músico consolidado. “Se requer alguma técnica para contar a história da composição, eu me viro e gravo, mas se não precisar, eu não fico exibindo técnica na guitarra”, afirmou.

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