‘Open Source’ é um trabalho diferente na carreira de Kiko Loureiro? Ele próprio não acha

O guitarrista Kiko Loureiro lançou 'Open Source', seu quinto álbum de estúdio, no último mês de julho. Diferentemente de vários músicos, que dizem ter se reinventado a cada álbum, o músico, que não divulgava um disco solo há 8 anos, não acredita ter feito algo tão diferente neste novo trabalho.
Foto: Ifusha Kalina / divulgação

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O guitarrista Kiko Loureiro lançou ‘Open Source‘, seu quinto álbum de estúdio, no último mês de julho. Diferentemente de vários músicos, que dizem ter se reinventado a cada álbum, o músico, que não divulgava um disco solo há 8 anos, não acredita ter feito algo tão diferente neste novo trabalho.

A revelação foi feita em entrevista para a edição 107 da Guitarload (clique aqui para ler a revista gratuitamente). Durante o bate-papo, Kiko destacou que dá para notar, em ‘Open Source’, que o mesmo cara do Angra está tocando ali.

Igor Miranda – Guitarload: Ouvi todos os seus álbuns solo na época em que foram lançados, segui ouvindo ao longo dos anos, e também fiz uma maratona para comparar com o “Open Source”. A impressão passada é que tem um disco muito forte seu, o “No Gravity”, e os outros discos também são bons, mas são como uma continuação do “No Gravity”. Claro que há outras estéticas sendo exploradas, mas são todos na mesma linha. O “Open Source” parece romper com isso, soa mais atualizado, e isso para mim foi muito bom. Para mim, já é um dos seus melhores álbuns. O que você acha dessa visão? O “Open Source” realmente faz uma ruptura? E o que você tentou fazer de diferente nesse álbum?

Kiko Loureiro: “É bem difícil falar, mas na realidade tem um espaço de 8 anos entre eles, ainda que não sejam 8 anos sem fazer nada. Fiz um DVD, teve o disco do Angra (‘Secret Garden’), teve o do Megadeth (‘Dystopia’). Tive mudanças grandes na vida, como me tornar pai nesse meio tempo, morar fora também – morar mesmo, porque sempre viajei, mas nunca morei. Então, eu podia tentar analisar por isso, mas eu não acho que as melodias sejam tão diferentes. Até busco outras coisas em certos momentos, mas comigo fazendo, não acho que sejam tão diferentes.

Guitarload: Até por você estar envolvido com o processo, talvez você não vai ver tantas diferenças, porque o processo é semelhante. Deve ter uma prática de sempre ao compor… mas é interessante perceber a opinião diferente, do artista, que não teve grande mudança. A forma de trabalhar nesse disco foi a mesma de outros tempos, certo?

Kiko: “Depende do quão profundo vamos falar em termos de música, mas se compararmos melodias… se eu tocar pra você a ‘Running With the Bulls’ no piano e, depois, tocar uma melodia do álbum ‘Sounds of Innocence’, ou da música ‘Late Redemption’ (Angra), você verá que é o mesmo cara. A melodia do violão de ‘Du Monde’ é de 1998. Mas algumas músicas saem disso, como a ‘EDM’. Não há uma busca de tocar algo mais rápido, em uma melodia constante, ao estilo Joe Satriani – o que tem muito em ‘No Gravity’. Então, é uma questão mais estética: busco estruturas diferentes. A ‘Dreamlike’, que é uma balada, é muito parecida com outras músicas minhas, assim como a ‘Sertão’… a ‘Imminent Threat’, com o Marty Friedman, tem um riff muito Angra. Só que a forma como foram apresentadas e as misturas talvez sejam mais plurais e até mais legais. E eu gosto de saber que é um disco inspirado, que é mais legal que os outros, isso é bom.”

* A edição 107 da Guitarload (agosto/setembro de 2020) traz entrevistas com Kiko Loureiro e Chris Cain (Bad Wolves), além de artigos especiais sobre o saudoso Zezinho, da Explend Amplificadores, e o turismo musical em Nashville, nos Estados Unidos. Clique aqui para ler a edição 107 da Guitarload – é de graça, mas por tempo limitado.

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