Um estudo promovido pela plataforma de streaming de música Spotify, chamado ‘Culture Next Trends Report’, traz diversas informações sobre a chamada Geração Z, que engloba pessoas nascidas entre a segunda metade dos anos 1990 até o início do ano 2010.
O relatório também traz visões entre gerações sobre os tópicos que mais impactam a cultura e as tendências, como política, educação, empreendedorismo, Black Lives Matter, normas e expectativas sociais, meios de conexão entre pais e filhos e a importância dos valores da marca.
Quando o assunto é como se conectam com suas famílias pela de música, tecnologia e podcasts, os resultados mostram que:
• 93% dos pais brasileiros revelaram que a tecnologia aumentou exponencialmente a descoberta de suas famílias
• 85% disseram que os filhos de hoje estão “anos-luz” à frente de onde eles estavam na mesma idade;
• 93% disseram que ouvem podcasts e que o meio se tornou uma ferramenta educacional muito útil;
• 77% afirmaram que a música é uma forma de se relacionar com seus filhos;
• Já no que diz respeito aos jovens, 69% contaram que ouvir a música dos pais lhes dá uma melhor noção de quem eles são;
A música e o áudio como terapia
Quando perguntado sobre como eles usavam as características do áudio como formas terapêuticas:
• Entre os brasileiros Zs e millennials, o áudio foi consistentemente identificado como uma força poderosa para a construção da comunidade. 85% deles disseram que os serviços de streaming de música oferecem uma porta de entrada para outras culturas;
• 71% afirmaram que usam o áudio para lidar com o estresse e ansiedade;
• 73% acreditam que a música é uma ótima maneira de encontrar uma comunidade e também é boa para mantê-la;
• Quase metade do jovens entrevistados ouvem pelo menos 5 gêneros regularmente, ressaltando o fato de que explorar o que é diferente é incentivado entre eles;
• 75% dos Zs e millennials brasileiros disseram ter orgulho de suas identidades únicas multidimensionais e que as marcas têm o poder de fazer parte disso, criando comunidades baseadas em interesses e paixões comuns;
• 94% relataram que o clima de sua música mudou para combinar com os tempos, enquanto 75% disseram que a música ajudou a mantê-los sãos;
• 82% acreditam que ele pode unir as pessoas nestes tempos culturalmente carregados;
• Os podcasts também têm seu lugar. 64% dos brasileiros entrevistados disseram que estão recorrendo aos podcasts com mais frequência atualmente para se manterem informados ou entretidos, enquanto quase um terço disse que escuta podcasts relacionados à saúde mental;
• 79% dos ouvintes de podcast brasileiros pesquisados revelaram que o meio permite que as pessoas se conectem umas com as outras.
Geração Z brasileira e sociedade
Os resultados também mostram que a Geração Z está ressignificando seu papel na sociedade e pronta para agir sobre algumas das questões e oportunidades mais urgentes que enfrentamos. De acordo com a pesquisa:
• Quase metade dos Zs brasileiros com quem falamos afirma que as gerações mais velhas não podem atuar como guias para a idade adulta porque muitas coisas mudaram no mundo – e isso foi antes das grandes mudanças de 2020;
• 64% deles dizem que estão cada vez mais cautelosos com as grandes instituições;
• 38% dos consideraram um plano de educação diferente de um diploma de quatro anos, imediatamente após o ensino médio;
• 70% estão ansiosos para começar seu próprio negócio;
• 62% revelaram que sua geração está pronta para reconstruir a sociedade do zero;
• 91% dos Zs e millennials em todo o mundo disseram que adoram entender como as ideias nascem e que, ao fazê-lo, se sentem parte do processo criativo.
Geração Z brasileira e política
A pesquisa constatou ainda que a geração Z está super antenada quando o assunto é política:
• 77% dos brasileiros estão cansados dos mesmos velhos sistemas corruptos
• 81% menos interessados em partidos políticos;
• O surgimento do movimento global Black Lives Matter, fez mais de 87% dos brasileiros entender que aquilo foi um “chamado cultural para despertar”;
• 83% disseram que, essa luz dos tempos, os inspiraram a fazer mais o bem;
• 92% disseram que preferem seguir o “propósito” das marcas, ao invés da “política”;
• No que diz respeito ao comportamento que mais prejudicaria sua percepção de uma marca, a principal escolha foi assumir compromissos falsos ou enganosos com causas sociais ou ambientais;
• 91% acreditam que as marcas precisam agregar valor genuíno à sociedade e não apenas vender produtos.
O Spotify ouviu os entrevistados pertencentes a diversos países em janeiro e, novamente, no início do segundo semestre. As respostas revelaram ideias e mudanças de perspectiva neste período. Comprovando que, quando grandes eventos ou momentos culturais acontecem no mundo, os vemos refletidos no Spotify – especialmente em 2020.
Para ter acesso aos dados do levantamento, na íntegra, acesse o site ‘For the Record’.