Entre todas as manchetes terríveis envolvendo a guitarra elétrica, como a crise da Gibson e o suposto declínio do instrumento, uma notícia animadora vem à tona.
Um relatório da IBISWorld descobriu que a indústria da guitarra tem experimentado um crescimento sólido nos últimos cinco anos. Além disso, o estudo constatou que o mercado — que registrou uma taxa média de crescimento anual de 1,4% entre 2012 e 2017 — deve continuar em alta até 2022.
A Gibson não é parâmetro
Embora a revelação da crise da Gibson tenha deixado o mundo da guitarra em estado de alerta, não se tratava necessariamente de uma indicação do cenário geral. De acordo com a própria empresa, a falência surgiu em grande parte devido a atividades que não envolviam a produção de instrumentos. Conforme os documentos apresentados, as vendas das guitarras Gibson tiveram aumento no último ano.
Os números globais envolvendo o instrumento também estão em ascensão. Segundo a NAMM, as vendas de guitarras subiram 28% nos últimos 10 anos.
Onda de otimismo
Recentemente, a Fender reuniu em Nova York artistas, executivos de gravadoras e jornalistas para discutir o futuro da guitarra. Foram abordados temas como a Geração Z, as novas tecnologias e o entrelaçamento dos gêneros musicais. Como resultado, houve concordância unânime de que a guitarra continua sendo uma ferramenta musical poderosa e relevante.
“Nossos cérebros são conectados para saber apreciar o som de um instrumento de cordas”, declarou Matt Sweeney na oportunidade. “É um instrumento incrivelmente versátil, quase ilimitado em suas possibilidades”, disse o músico.
Embora o relatório da IBISWorld não seja totalmente positivo, já que aponta que as receitas da indústria americana de instrumentos teve queda considerando os últimos dez anos, ainda não é hora de discutir a “morte” da guitarra. Ao que tudo indica, o instrumento viverá por muitos e muitos anos.