Dave Grohl conversou com a equipe da Louder Sound sobre os desafios de quem cria músicas de rock. O cara deu exemplos reais baseados em discos do Foo Fighters.
“É fácil pisar em um pedal de distorção e fazer o refrão explodir. É fácil colocar tudo no 10 e arregassar. O difícil é escrever uma canção que tenha dinâmica linear, de nível médio, que se move do começo ao fim com melodia”, conta o músico.
Composição é tudo
Essa foi a ideia por trás do terceiro álbum da banda, There Is Nothing Left to Lose, de 1999. “Nós estávamos mais focados em melodia e composição, e isso pegou muita gente desprevenida. Muitos achavam que o Foo Fighters estava se esgotando… Mas esse álbum abriu portas para que fizéssemos qualquer coisa possível”, completa Dave, que já se dedicava ao ato de compor nos tempos de Nirvana.
Ao contrário do disco anterior, Dave Grohl considerou a produção inicial de One By One, lançado em 2002, malsucedida. “Foi um fiasco. Gastamos quatro meses, investimos quase um milhão de dólares e jogamos tudo fora. Queríamos ser perfeitos, mas ferramos a coisa toda. Faltava vida às músicas. O trabalho não estava bom o suficiente”, afirma Dave.
Começando do zero
Com as sessões iniciais de gravação consideradas insatisfatórias, o grupo resolveu refazer o álbum inteiro após uma pausa para acalmar os ânimos.
“Comecei a sentir falta dos caras e da música, então voltei ao porão com o produtor Nick Raskulinecz. O sentimento estava de volta, dava para ouvir. Foi isso que faltou na primeira vez. Puta merda, estávamos enfim fazendo um disco”, lembra o líder do Foo Fighters. No fim das contas, a banda ganhou o Grammy de Melhor Álbum de Rock com One By One.
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