O declínio na disponibilidade de madeiras tropicais e as novas leis do setor tiveram um profundo efeito na indústria musical. Dessa maneira, os fabricantes foram levados a buscar alternativas para construir instrumentos.
Um luthier francês, Jean-Yves Alquier, passou cinco anos conduzindo pesquisas independentes com o propósito de achar uma opção satisfatória. Finalmente, encontrou um material improvável que, segundo ele, pode representar nada menos do que o futuro da guitarra: o bambu.
Interessante alternativa
“Nós não temos mais o direito de construir guitarras como fizemos na década de 1950, usando madeira tropical”, diz Alquier.
Em sua pesquisa, o francês descobriu que as guitarras de bambu apresentam excepcional qualidade acústica, além de durabilidade e estética comparáveis às da madeira tropical. Além disso, o bambu – mesmo sendo submetido ao processo de produção, transporte e transformação – é neutro em dióxido de carbono, o CO2.
Guitarras Alquier
As guitarras da marca utilizam bambu no corpo e na escala e são fabricadas apenas com madeiras locais, não tropicais e certificadas. Os instrumentos ainda possuem hardware de metais não tóxicos, como titânio ultraleve ou o chamado aviation grade aluminum. A maioria das empresas do ramo usa níquel e cromo, entretanto seus tratamentos de superfície podem contribuir para a poluição.
Confira o som das guitarras de bambu Alquier:
Saiba tudo sobre as principais madeiras usadas em guitarras
Investimento
A fim de financiar suas operações, a marca francesa lançou recentemente uma campanha do Kickstarter e, com ela, um novo modelo: o Cosmic One. A guitarra possui ferragens de titânio, dois captadores tipo P90 e um seletor de três posições. Ao mesmo tempo, conta com corpo de bambu e tampo de flamed maple. A série é limitada a 100 unidades, sendo que cada exemplar será assinado por Jean-Yves Alquier. O preço é de 1,990 euros.
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