Palhetada híbrida: Matheus Canteri fala sobre chicken pickin’ à Guitarload

Matheus Canteri, guitarrista brasileiro radicado nos Estados Unidos, é uma das referências atuais na palhetada híbrida, também conhecida como chicken pickin', e deu dicas para os leitores da Guitarload dominarem a técnica.
Foto: Bill Foster / divulgação

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Matheus Canteri, guitarrista brasileiro radicado nos Estados Unidos, é uma das referências atuais na palhetada híbrida, também conhecida como chicken pickin’. A técnica consiste em usar tanto a palheta quanto o(s) dedo(s) para tirar o som das cordas.

Em seus trabalhos solo e na banda The Royal Hounds, Matheus Canteri mostra bastante como é usada a técnica de palhetada híbrida. Agora, em entrevista exclusiva à edição 103 da Guitarload (clique aqui para ler na íntegra), o músico deu algumas dicas para evoluir na chicken pickin’.

“Essa técnica abre um novo universo de possibilidades. Você deixa de pensar em algo mais horizontal e faz mais vertical. Dá menos trabalho para a mão direita, apesar de parecer mais”, afirmou Canteri, inicialmente.

O músico destacou que a dinâmica da palhetada híbrida é diferente da alternada, pois, nesta última, é algo mais relacionado à resistência: além de cansar, perde-se um pouco da habilidade só de ficar alguns dias sem praticar. “A palhetada híbrida tem um lado parecido com o tapping, pois envolve mais coordenação do que musculatura”, disse.

Canteri citou a música ‘Manteiga Bragança’ como exemplo para mostrar a técnica de palhetada híbrida / chicken pickin’. “Soa muito rápida, com um lick de banjo, mas quando se isola o que é feito, é mais simples – e não cansa”, afirmou.

O guitarrista, então, oferece as dicas para dominar a palhetada híbrida / chicken pickin’: “A dica é começar devagar, com exercícios simples, e repetir até ficar fácil. Técnica em escala não é algo pensado nos shows, então, fica automático depois que você domina”.

Em seguida, ele apontou um diferencial que ajuda a compreender a guitarra country como um todo: “No country, tive até mais dificuldade com fraseados, que são mais jazzísticos e trabalhados mais por acorde do que por tonalidade. O fraseado muda conforme o acorde. As escalas são as mesmas, a aplicação que é diferente. No rock, tem um pouco menos disso. Já a técnica foi confortável de se aprender”.

Evolução na estrada

Ainda durante a entrevista, Matheus Canteri falou sobre a evolução que sentiu após passar o ano de 2019 na estrada com o The Royal Hounds. No total, foram mais de 200 shows no período.

“É legal poder tocar direto, porque dá para você experimentar e refinar em um período de tempo menor. Há muitos guitarristas que fazem vídeos no YouTube com técnicas impressionantes, mas no palco, em um ambiente ao vivo – em que o público não está em silêncio, o baterista ‘desce a mão’ do seu lado, o retorno não está bem regulado, etc –, não funciona. Você começa a entender o que funciona”, afirmou.

A experiência dos palcos trouxe algumas reflexões para o músico. “Não quer dizer que terá de tocar mais lento, mas você fica ‘cascudo’, sabe ajustar melhor. Além disso, com agenda mais intensa, certas mudanças em momentos do repertório podem ser feitas de modo mais rápido, ficando mais afiado”, disse.

A entrevista completa pode ser conferida na edição 103 (janeiro de 2020) da Guitarload. Além do bate-papo com Matheus Canteri, nós conversamos com outros músicos de destaque e trouxemos muitas novidades, como lançamentos de guitarras e equipamentos!

Clique aqui para conferir a revista na íntegra. Não deixe para depois: é de graça, mas por tempo limitado.

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