Yvette Young, integrante do Covet, é um dos grandes destaques da guitarra nos últimos anos. A musicista tem uma veia bastante experimental em seu trabalho e gosta de trabalhar com formatos melódicos e até algumas técnicas diferentes.
Uma das preferências mais peculiares de Yvette Young é usar afinações bastante modificadas para compor suas músicas. Em entrevista ao Music Radar, ela explicou que o recurso faz com que o guitarrista evolua bastante, pois o obriga a sair da zona de conforto que a afinação padrão (EBGDAE) oferece.
“O que eu mais gosto de afinações alternativas é que quando você se prende às mesmas formas de tocar, você começa a compor dentro da zona de conforto. É difícil sair dos mesmos shapes aos quais você recorre automaticamente. Então, mude as afinações para usar seu ouvido em vez de usar o que é confortável”, afirmou.
Yvette Young também destacou algumas afinações que gosta de utilizar. “Amo a afinação DADF#AE, usei bastante no novo álbum do Covet. Fiquei inspirada quando afinei a guitarra assim outro dia. Acho que combina com melodias animadoras. Porém, se eu afino DAC#F#AE (o que altera apenas uma corda), tudo fica melancólico e temperamental. Ainda soa ‘feliz’, mas fica um pouco retorcido e abstrato. Mudar meio tom de uma corda muda vários intervalos musicais para mim”, disse.
Outra afinação que Yvette Young mencionou foi a FACGAE, que ela prefere usar em violões. “Costumo compor muitas melodias que soam lídias nessa afinação por alguma razão. Muitas coisas math-rock e emo do Centro-Oeste dos Estados Unidos. Cresci ouvindo Cat Stevens, Sufjan Stevens, Joanna Newsom… me senti atraída pelo som folk ‘americanesco’ e eles usam modo lídio às vezes”, afirmou.