Discografia de Joe Bonamassa: conheça todos os discos de estúdio da carreira solo do guitarrista

Joe Bonamassa

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A discografia de Joe Bonamassa conta com treze álbuns de estúdio que fizeram do guitarrista um dos bluesman mais cultuados da atualidade. Entre os destaques de sua carreira solo estão “Sloe Gin” (2007) e “Blues of Desperation” (2016).

Para mostrar um panorama completo de seu trabalho solo, a Guitarload reuniu nessa lista todos os álbuns de Joe Bonamassa. A listagem começa em “A New Day Yesterday” (2000) e mostra como o músico caminhou por diferentes estilos, mas sempre com o blues como fio condutor.

A New Day Yesterday (2000)

A new day yesterday

O disco de estreia de Joe Bonamassa foi lançado em 24 de outubro de 2000, pelos selos Okeh, Epic Records e 550 Music. Gravado no Pyramid Recording Studios (Nova York), o álbum trouxe os singles “Miss You, Hate You” e “Colour and Shape”.

Produzido por Tom Dowd, “A New Day Yesterday” teve seu título inspirado na canção de mesmo nome do Jethro Tull, que ganhou uma versão própria de Bonamassa no tracklist. Além desse cover, o disco trouxe versões de “Cradle Rock” (Rory Gallhagher) e “Walk in My Shadows” (Free).

Musicalmente, o disco mostrou um Joe Bonamassa de apenas 22 anos fortemente influenciado pelo classic rock dos anos setenta, sempre com linhas de canto distintas entre uma música e outra.

So, It’s Like That (2002)

So it´s like that

Dois anos depois, Joe Bonamassa lança “So, It´s Like That”, seu segundo disco de estúdio, em 13 de agosto de 2002. Ao contrário do registro anterior, o novo trabalho conta apenas com músicas escritas por Bonamassa, com arranjo de colaboradores.

O disco foi gravado nos estúdios Harddrive (Nova York), Blue Iron Gate (California) e Spike Studios (Nova York) e rendeu um único single: “Unbroken”. A produção foi assinada por Clif Magness, Dave Bassett, Matt Chiaravalle e Richard Feldman.

Na época de seu lançamento, a crítica especializada considerou que Joe Bonamassa apresentou uma grande evolução em relação ao trabalho anterior. Ainda que apresente alguns clichês típicos do blues, o álbum conta com momentos inspirados como a extensa “Pain and Sorrow”.

Blues Deluxe (2003)

Blues Deluxe

O terceiro registro da discografia de Joe Bonamassa chama atenção pelo fato de ser composto quase inteiramente por covers de clássicos do blues. Lançado em 26 de agosto de 2003, “Blues Deluxe” tirou seu nome da música do The Jeff Beck Group, presente no tracklist.

Produzido por Bob Held e gravado no Unique Recording Studios (Nova York), o álbum trouxe três canções compostas por Bonamassa: “Woke up Dreaming”, “I Don´t Live Anywhere” e “Mumbling World”.

Mas são nas releituras de grandes artistas de blues que os melhores momentos de “Blues Deluxe” aparecem. Como em “You Upset Me Baby” (B. B. King) e “Wild About You Baby” (Elmore James).

Had To Cry Today (2004)

Had to cry today

Produzido por Bob Held e lançado pela sua própria gravadora J&R Adventures, o quarto disco de estúdio de Joe Bonamassa foi disponibilizado no dia 24 de agosto de 2004. Uma das principais características do disco é a tradicional combinação de covers com composições próprias.

O título “Had To Cry Today” foi inspirado na música do Blind Faith de mesmo nome, presente no álbum. Outras regravações incluem “Never Make Your Move Too Soon” (B. B. King) e “Reconsider Baby” (Lowell Fulson), esse o maior sucesso do álbum.

No que diz respeito ao estilo de composição, Joe Bonamassa trouxe para o disco influências do country, bem como guitarras mais velozes, além de uma abordagem que flutua entre o blues e o rock.

You & Me (2006)

You and Me

Uma análise da discografia completa de Joe Bonamassa logo revela a preferência do guitarrista por homenagear seus grandes ídolos do passado em ótimas releituras. É o que acontece em “You & Me”, lançado no dia 6 de junho e 2006, pela J&R Adventures.

O álbum apresenta 11 faixas que foram gravadas no Unique Studios (Nova York) e produzidas por Kevin Shirley, marcando o início da parceria com o produtor. Sem dúvidas, o sucesso da vez foi “So Many Roads”, cover do guitarrista americano Otis Rush.

Com a estabelecida sonoridade bluesrock e um desfile de bons solos de guitarra, “You & Me” não arrisca muito. Outro destaque é o cover de “Tea for One”, do Led Zeppelin, com Jason Bonham, filho de John Bonham, na bateria.

Sloe Gin (2007)

Sloe Gin

O sexto disco de Joe Bonamassa é considerado um dos grandes sucessos de sua carreira solo. Em uma evolução natural de sua composição, o álbum traz na faixa-título seu grande destaque.

O novo registro veio ao público no dia 21 de agosto de 2007, também com Kevin Shirley assinando a produção e o selo J&R Adventures sendo o responsável pelo lançamento. Outras músicas que fazem de “Sloe Gin” um disco aclamado até hoje são “Black Night” (regravação de Charles Brown) e “Seagull”, originalmente gravada pelo Bad Company.

A aposta na continuidade do trabalho de Kevin na produção foi acertada. O álbum trouxe na medida certa passagens acústicas, com foco no lado vocalista de Bonamassa. Músicas feitas pelo bluesman, como “Around the Bend” e “India” mostram as habilidades de composição para além das regravações, que de qualquer forma também foram responsáveis por colocar Joe Bonamassa como um dos mais famosos guitarristas de blues de todos os tempos.

The Ballad of John Henry (2009)

The Ballad of John Henry

O mais popular disco da discografia solo de Bonamassa até então trouxe sucessos incontestáveis como “Stop!”, “Feelin Good”, além da faixa título, uma de suas composições próprias mais aclamadas de todos os tempos.

No registro, o guitarrista continuou colhendo os frutos da estabilidade da parceria entre Kevin Shirley e seu próprio selo, que lançaria praticamente todos os discos de sua carreira solo daqui para frente. Assim, o álbum foi apresentado ao público no dia 24 de fevereiro de 2009, com influências distintas como música folk e guitarras mais pesadas.

Essas inspirações diversas fazem do trabalho um dos mais variados entre seus lançamentos até então, com direito a passagens progressivas, como em “The Ballad Of John Henry” e seus variados 6 minutos de duração.

Black Rock (2010)

black rock

Ainda que não tenha obtido o mesmo sucesso comercial de trabalhos anteriores, “Black Rock” pode ser considerado um marco na discografia de Joe Bonamassa. Isso porque o disco conta com a participação de B. B. King, herói de infância do músico, na música “Night Life”.

O disco foi lançado no dia 23 de março de 2010 e continuou apostando no estilo de composição que o consagrou. Assim, momentos de rock mais pesado são intercalados com o blues clássico e até mesmo com uma veia mais soul, como no caso de “Three Times a Fool”.

Gravado no Black Rock Studios, na ilha grega de Santorini, o álbum tem em “Steal Your Heart Away”, cover de Bobby Parker, seu maior sucesso. Outros artistas também ganharam releituras no álbum, como Jeff Beck e Leoenard Cohen.

Dust Bowl (2011)

dust bowl

Com lançamento no dia 22 de março de 2011, o nono álbum de estúdio de Joe Bonamassa apresenta músicas que estão entre os maiores sucessos de sua história. Composições como “Slow Train” (em parceria com o produtor Kevin Shirley) e a faixa-título são algumas das mais populares entre sua discografia.

Gravado nos estúdios Black Rock, Ben´s Studio, The Cave e The Village, “Dust Bowl” conta com participações especiais como o vocalista Glenn Hughes na música “Heartbreaker” e Beth Hart, cantora com inúmeros outros trabalhos com Bonamassa, na canção “No Love On The Street”.

No que diz respeito ao estilo das músicas, o álbum apresenta uma pequena ruptura com sua tradição fincada no blues. Isso porque o disco traz influências da música country, além de momentos mais pesados que o comum.

Driving Towards the Daylight (2012)

Driving Towards the Daylight

Se no trabalho anterior, Bonamassa apostou em rupturas com o blues, agora a história seria outra. Dessa forma, “Driving Towards the Daylight”, lançado em 22 de maio de 2012, vem com a tradicional proposta bluesrock que consagrou Bonamassa.

Com influência de guitarristas como Stevie Ray Vaughan e Gary Moore, o disco apresenta músicas mais obscuras como “Who´s Been Talking?” e “Stones In My Passway”, de Robert Johnson.

Gravado nos estúdios The Palms, Village Recorder e The Cave, o décimo registro de estúdio do guitarrista também marcou nada menos do que a sétima colaboração entre Bonamassa e Kevin Shirley em seis anos.

Different Shades of Blue (2014)

different shades of blue

Para a gravação de “Different Shades of Blue”, Bonamassa utilizou 20 guitarras e 13 amplificadores diferentes. Esse fato fez com que o disco apresente uma variedade grande de timbres de guitarra.

O álbum foi lançado em 22 de setembro de 2014 e a gravação ocorreu em dois estúdios diferentes: The Cave e The Palms. A produção se mostrou um dos maiores sucessos comerciais da discografia de Joe Bonamassa alcançando a oitava posição na Billboard 200.

Entre as principais músicas estão “Hey Baby (New Rising Sun)”, cover de Jimi Hendrix e a composição própria “Love Ain´t a Love Song”, feita em parceria com o baixista Jerry Flowers.

Blues of Desperation (2016)

blues of desperation

Ainda que o título combinado com a capa em preto e branco anuncie uma pegada mais introspectiva e sombria, “Blues of Desperation” na verdade carrega no DNA o tradicional blues rock de Joe Bonamassa.

O décimo-segundo registro de estúdio do guitarrista veio à público no dia 25 de março de 2016, com destaque para “No Good Place For The Lonely”, composição de Bonamassa com Gary Nicholson, e sua vibe que se aproxima da soul music.

Os grandes destaques, entretanto, ficam com “Drive” e “Mountain Climb”, compostas em parceria com James House e Tom Hambridge, respectivamente. O local de gravação do disco foi o Grand Victor Studios, em Nashville.

Redemption (2018)

Redemption

O décimo-terceiro álbum da discografia de Joe Bonamassa foi o primeiro em um bom tempo a não sair por seu selo e sim pela Provogue / Mascot Music Productions, em 21 de setembro de 2018. Disponibilizado em uma versão digibook de 56 páginas, o disco foi gravado em cinco estúdios diferentes: Blackbird, The Cave, The Palms, Criteria Hit Factory e Addiction Sound.

Mais introspectivo e pessoal, o álbum vai do soul ao blues, influenciado pelo misticismo do Led Zeppelin. Talvez o registro mais temático do guitarrista, músicas como “Self-Inflicted Wounds” e “Pick Up the Pieces” refletem o sentimento de tormento que parecia assombrar o guitarrista naquela época.

Entre os destaques estão “Evil Mama” e a faixa que dá nome ao álbum, que juntas somam quase seis milhões de streamings no Spotify.

Royal Tea (2020)

royal tea

Não é só o nome (“Chá Real”, em tradução livre) que sugere uma aproximação do décimo-quarto álbum de Bonamassa com a cultura britânica. Em entrevistas, o músico explicou que a ideia foi compor músicas que “soassem britânicas”. Dessa maneira, o registro saiu no dia 23 de outubro de 2020, em uma parceria da J&R Adventures com a Provogue / Mascot.

Apontando agora para o blues inglês, músicas como “When One Door Opens” e “Why Does It Take So Long to Say Goodbye” apresentam uma energia pulsante que flerta com o rock. Já “Lonely Boy”, por outro lado, vem com uma sonoridade típica das big bands dos anos 1920.

Por fim, “Royal Tea” foi gravado no icônico Abbey Road Studios, em Londres, na Inglaterra, inspirado em músicos como John Mayall, Jeff Beck, Eric Clapton, Led Zeppelin e Cream. O disco tem participações do guitarrista Bernie Marsden, ex-Whitesnake, e de Pete Brown, ex-letrista do Cream, além do pianista Jools Holland.

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