George Lynch quebra silêncio sobre suposto uso de mão de obra carcerária pela Peavey

“Os lucros são mais importantes do que as pessoas”, disse o músico; empresa negou as acusações mais uma vez
Foto de George Lynch via Facebook

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George Lynch voltou a falar sobre sua polêmica declaração de que a Peavey teria usado mão de obra de presidiários para construir amplificadores de guitarra. 

A afirmação foi feita originalmente em 2018, durante o podcast Determination & Overdrive. Porém, há alguns meses, o youtuber irlandês conhecido como KDH repercutiu a fala, gerando um posicionamento oficial da empresa.

Na ocasião, a Peavey negou categoricamente as acusações e solicitou que o guitarrista se retratasse das afirmações de “natureza difamatória”. Agora, em nova entrevista para a Guitar World, Lynch quebrou o silêncio sobre o tema.

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Crítica à hipocrisia

Embora não tenha revelado novas informações a respeito do caso, o guitarrista do Dokken manteve a declaração inicial ao criticar o cenário político-econômico como um todo.

“A hipocrisia é o problema. O que o incidente me revela, como deveria revelar a todos, é um problema político e econômico muito maior. É a ideia de que os lucros são mais importantes do que as pessoas”. 

Lynch continuou: “Precisamos amadurecer como sociedade e alinhar nossas prioridades com o que é inerente e moralmente a maneira certa de existir, sendo verdadeiramente bons uns com os outros”. 

Segundo a Guitar World, a Peavey foi convidada a comentar a nova afirmação do músico, mas se limitou a dizer que mantém o posicionamento anterior. 

A origem da polêmica

Na entrevista original, realizada há cinco anos, George Lynch relembrou a experiência de representar a Peavey como artista na década de 2000. Nesse contexto, o guitarrista contou detalhes de uma visita que fez à base de operações da empresa em Meridian, no estado do Mississippi.

“A cidade existe para duas coisas – é a sede da Peavey e há muitas prisões”, alegou Lynch na época. “Também descobri que muitos prisioneiros trabalham para Peavey”. 

“Em empresas com fins lucrativos, não creio que ter escravos para fazer o trabalho seja correto. A questão é que eles vão sair impunes, o que aconteceu”, disse.  

Durante o podcast de 2018, Lynch também garantiu que foi abordado pela Peavey para assinar um acordo de confidencialidade, mas recusou. O intuito era que ele “prometesse nunca revelar o fato de que a empresa usa trabalho carcerário para construir seus amplificadores”. 

Resposta da Peavey

Depois que o canal KDH repercutiu as alegações neste ano, a Peavey declarou: 

“Lynch está aparentemente confuso com algum outro fabricante ou história que lhe foi contada. Ele está enganado em seu comentário sobre a Peavey usando trabalho prisional.

A Peavey não viu nenhuma violação do acordo de confidencialidade assinado por George Lynch em sua declaração errada, mas vê problema em sua natureza difamatória.

A Peavey empregou milhares de pessoas que trabalharam de maneira diligente nas instalações. O senhor Lynch deveria se retratar, confirmando que seus comentários e seu entendimento estavam incorretos”. 

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