O guitarrista Joe Satriani reconhece a praticidade das simulações digitais de amplificadores na atualidade, mas acredita que os bons e velhos valvulados ainda geram uma resposta sonora de melhor qualidade.
“Os modeladores são um conveniente e fantástico salto para o futuro, mas, se você simplesmente colocar qualquer um deles ao lado de um Fender Champ ou de um Marshall JVM, dirá: ‘Oh, meu Deus, sem comparação.'”
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Complexidade sonora
Durante o bate-papo com Alex Skolnick, Satch explicou por que a sensação de tocar com um valvulado é especial, em sua opinião.
“A grande diferença é que, quando você toca a corda G ou B em quase qualquer amplificador e ‘sobe mais alto’, coisas acontecem. Há uma resposta de transientes totalmente fora de controle, linda e analógica. O que você toca sai em tempo real.”
Embora considere inigualável a resposta sonora dos amplificadores reais, o músico admite que, em uma gravação ou na soma com outros instrumentos, a diferença entre aparelhos analógicos e digitais se torna mais sutil.
“Acaba não importando, porque a gravação já tem alcance dinâmico limitado. Também assisti a muitos shows e não consegui notar quando simulações eram usadas. Na mixagem, os sons se complementam”, destacou.
Por fim, Satriani disse que o importante é o equipamento ser mais uma fonte de inspiração. “O público não sabe a diferença entre os vários pedais de wah da Vox; ele só quer que você toque algo legal. Então, a questão é: quando você usa simulações, está sendo inspirado o suficiente?”