De acordo com o renomado produtor e engenheiro de som Max Norman, não faz sentido gravar “discos de alto nível” na atualidade. O profissional, que já trabalhou com nomes como Ozzy Osbourne, Lizzy Borden e Loudness, acredita que o futuro da música está nas apresentações ao vivo.
“O problema é que as pessoas não conseguem fazer discos de alto nível porque são lançados 10 mil álbuns por dia ou algo assim. Então ninguém está fazendo discos de excelência porque ninguém dá a mínima”, afirmou.
“Hoje não importa quão bom é o disco, já que só duas pessoas vão ouvi-lo de qualquer maneira. E ambos são seus parentes”, acrescentou Max com uma risada durante recente participação no podcast Talk Louder.
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O futuro é ao vivo
Por outro lado, Max enxerga oportunidades no cenário musical vindouro. “Estou tentando pensar para onde a indústria está indo. Há muito mais atividade ‘ao vivo’. Isso mostra que há longevidade nos shows. Seja uma banda original ou covers e tributos, que são enormes hoje.”
O produtor ainda explicou por que sempre gostou de discos ao vivo. “Você podia realmente ouvir os caras tocando e perceber como eram bons. Os discos estão meio esterilizados, com tudo ‘no lugar certo’. Você não entende a essência real dos músicos até vê-los ao vivo.”
“As apresentações estão se tornando eventos especiais porque todo mundo está tentando informatizar tudo. Então talvez haja uma boa oportunidade aí. Coloque os microfones, aperte rec, grave a noite inteira, tome algumas cervejas, faça uma mixagem rápida no dia seguinte e divulgue”, encerrou.