Paul Reed Smith acredita piamente na contribuição da madeira e de outros componentes para o som de uma guitarra elétrica. Ao mesmo tempo, porém, o fundador da PRS garante que alcançar um timbre cheio de personalidade depende diretamente do músico.
“Se você cobrir toda a guitarra com calafetagem de silicone, ela não vai vibrar muito bem, mas a internet diz que isso não importa. Desconsiderar a secagem e a seleção da madeira é como dizer que a madeira de um violino feito em Cremona não faz diferença, que se trata apenas do microfone.”
O luthier continuou: “Eu simplesmente não acredito nisso. Eu poderia contar histórias após histórias sobre a internet nos dizendo como fazer guitarras. Às vezes, eles sabem; na maioria das vezes, porém, eles não sabem. É um equação muito complicada.”
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Equação sonora
Durante a entrevista com a Sweetwater, Paul explicou que a ponte e a pestana também mudam a sonoridade do instrumento. “Eu gostaria de poder culpar apenas a madeira. Olha, em muitas guitarras, o nut é feito do mesmo material que você usa para conectar o vaso sanitário à fossa. Você acha que é uma boa ideia?”
O profissional acrescentou: “O padrão da indústria de violão é o osso, porque os fabricantes chegaram à conclusão de que esse material é o melhor para a pestana. Portanto, o timbre é uma combinação de uma pilha de coisas.”
Apesar da opinião contundente de que a madeira e outros materiais alteram o timbre do instrumento, Paul reconheceu que, no fim das contas, a habilidade e a paixão do guitarrista são os aspectos mais importantes da equação.
“Olha, um guitarrista incrivelmente bom sempre soará como ele mesmo, não importa que guitarra esteja segurando. É algo poderoso. O que estou tentando fazer é criar uma ferramenta melhor para que os músicos possam ser eles mesmos. É isso que estou buscando.”
As informações são dos sites Guitar.com e Ultimate Guitar.