O Tudo é Jazz anuncia sua edição 2021, agora com curadoria do veterano músico Túlio Mourão (Mutantes, Milton Nascimento, Chico Buarque entre outros). A programação realça artistas consolidados do instrumental nacional ao lado de talentos mineiros, sempre apontando valores que significam a renovação da cena. O público vai poder assistir as apresentações nos dias 16 e 17 de junho, a partir das 20 horas, em formato online e gratuito, pelo canal do festival no YouTube e também pelo site oficial.
Em nota, a organização afirma que o festival segue afirmando seus paradigmas de origem. “Mantemos a configuração em mão dupla, na qual artistas criam prestigiosa moldura e dividem palcos e holofotes de mídia com os talentosos músicos mineiros”, diz Túlio Mourão.
O Tudo é Jazz teve que se adaptar às condições da pandemia e o maior desafio tem sido garantir a segurança dos músicos, equipe e público. Para isso, o formato do evento passou a ser 100% online desde o ano passado.
Ouro Preto
Ouro Preto se mantém como o cenário das apresentações e as filmagens foram realizadas em teatro e em pontos turísticos da cidade, com todo cuidado possível e com toda a equipe testada. O foco é divulgar e valorizar os músicos locais de Minas Gerais e também a sede do festival por todos estes anos.
“Ouro Preto é um lugar sem igual, sua energia e arquitetura combinadas ao jazz criam uma atmosfera maravilhosa e única, valorizar esta cidade nesta versão online reafirma nosso compromisso com a cidade e vice-versa”, diz Rud Carvalho, diretor do Tudo é Jazz.
Túlio Mourão reafirma que Ouro Preto reúne condições excepcionais para abrigar o Tudo é Jazz pela exemplar aderência ao eixo conceitual do evento que é de se constituir em experiência diferenciada e envolvente. “A cidade é onde a sofisticação da música encontra eco e diálogo com a paisagem, a arquitetura, a história e a irresistível atmosfera da arte nos resgatando das mediocridades do cotidiano”, assevera o curador.
Novas possibilidades – “A pandemia foi um choque para todos nós, principalmente para trabalhadores da área de cultura e eventos, e nos forçou a nos digitalizar. Com isso aprendemos muito sobre as possibilidades de alcance de um evento online que possibilita ter pessoas assistindo aos shows de outros países e estados”, comenta Rud.
Ele diz que estes aprendizados irão se perdurar e, após a pandemia, pretende manter estas novas características. “O projeto do Tudo é Jazz que hoje é online poderá se tornar híbrido no futuro”, aponta o diretor do festival.
Programação
Dia 16 de junho – A mineira Sílvia Gomes abre o festival, na quarta-feira (16). Evidenciando temas como lutas e resistências da essência humana nas raízes brasileiras, a cantora apresenta pérolas de Sérgio Pererê, Mestre Jonas, Ivan Lins / Celso Viáfora, Dorival Caymmi, Dona Ivone Lara, Ewerton Formiga / Sidney Melodia, Aldir Blanc, Miguel dos Anjos, Dé Lucas, João Nogueira e Paulo César Pinheiro. Ela é acompanhada de Fernando Costa (violão), Wesley Procópio (trombone), Tiago Valentim (percussão) e Gegê Mendes (percussão).
Ainda no dia 16 de junho, a trajetória de pianista, compositor e arranjador do mineiro Túlio Mourão se une à percussão do multi-instrumentista baiano Marco Lobo. Mourão integrou os Mutantes na fase do rock progressivo e a banda de artistas consagrados, como Milton Nascimento, Maria Bethânia, Chico Buarque, Ney Matogrosso, Fagner, dentre outros, além de carreira solo. Marco Lobo, por sua vez, tem carreira solo e ministra oficinas e workshops.
Dia 17 de junho – Na quinta-feira, a mineira Nath Rodrigues se apresenta. A musicista já integrou orquestras, grupos instrumentais e acompanhou diversos artistas da cena musical mineira. Lançou seu primeiro disco solo, “Fractal”, em 2019 e se prepara para o lançamento de seu segundo álbum, “Fio”, com produção e acompanhamento de Pedro Cambraia, o Cido.
No mesmo dia, Chico Amaral Quarteto se apresenta reunindo Chico Amaral no saxofone, Lincoln Cheib na bateria, Enéias Xavier no baixo e Magno Alexandre na guitarra. O quarteto vai mostrar um repertório que privilegia a música de Minas e o melhor da música instrumental brasileira. Os standards jazzísticos também são contemplados, bem como composições autorais.
Outro encontro será o de Gilson Peranzzetta e Marcel Powell. Um encontro de gerações e de talentos que une o encantamento e a exuberância do piano do maestro Peranzzetta, ao arrebatamento e impetuosidade do violão de Marcel Powell. Eles fazem solos, e também tocam juntos, trocando funções, buscando novas dinâmicas e sonoridades. No repertório do duo, composições de Baden Powell, Tom Jobim, Carlos Lyra, Garoto, dentre outros grandes nomes da música.
Tradição
Desde 2002, a programação do Tudo é Jazz se revelou ambiciosa e diversa, com artistas brasileiros e nomes reconhecidos internacionalmente. Mais de 1.500 músicos se apresentaram no evento, seja na histórica Ouro Preto ou em Belo Horizonte. É reconhecido com o selo de qualidade da prestigiada revista norte-americana Down Beat, que o elegeu entre os 10 melhores festivais de jazz do mundo.
Serviço – Tudo é Jazz Festival
- Onde assistir: pelo canal do festival no YouTube e também pelo site oficial do evento;
- Quando: dias 16 e 17 de junho;
- Horário: a partir das 20 horas.