Em recente entrevista, Nuno Bettencourt afirmou que considera muito complexa a música moderna baseada em guitarra.
No entanto, o ícone do Extreme pontuou que a questão não é a sonoridade em si, mas o foco exagerado na precisão técnica.
“Atualmente, assisto a muitos guitarristas na internet, mas nem sei o que diabos eles estão tocando… É muito complexo”, afirmou à publicação May The Rock Be With You.
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“Simplexidade”
O guitarrista sempre acreditou que o rock and roll não deve ser complexo.
“As músicas e melodias eram bem simples. Mas, quando você ouvia a gravação mais vezes, percebia que havia camadas complexas ali… ‘Simplexidade’ é a palavra que uso para isso”.
Nostalgicamente, ele finalizou: “Trata-se do que as bandas usam e também do quão apaixonados os músicos são. É ver um guitarrista tocar um solo… Você ouve, mas também sente a paixão. Estamos famintos por rock and roll”.
Música à moda antiga
Em maio, o guitarrista português já tinha comentado o assunto. Para Nuno Bettencourt, a repercussão do último disco do Extreme mostra que existe um anseio geral em ver bandas fazendo música à moda antiga.
“Atualmente, descobrimos grandes guitarristas sentados no sofá. Eles tocam coisas incríveis tecnicamente. Mas aí ‘Rise’ sai. E, de repente, as pessoas veem e ouvem a emoção. É algo físico”, explicou ao canal da Rolling Stone da Alemanha.
Nuno continuou: “As pessoas estão acostumadas a ouvir o lado técnico das coisas, mas aí elas viram o vídeo, o solo, a música, a banda, as harmonias, o visual… Enfim, o pacote completo, com força total. As pessoas pareciam estar sedentas por isso”.