Sempre que entra em estúdio para gravar um solo, o guitarrista Scott Henderson leva a tarefa muito a sério. Por isso, ele prefere as tomadas ao vivo para garantir máxima espontaneidade. Ao mesmo tempo, contudo, o instrumentista não abre mão de regravar trechos problemáticos.
“Eu sempre solo ao vivo porque, se eu não fizer isso, os caras da banda não reagem ao meu solo. Então, mesmo que eu não goste do solo que toquei ao vivo, se eu tiver de consertar ou até mesmo tocar outro solo, preciso manter o primeiro take como projeto. Ritmicamente, tem que ser quase idêntico”, disse.
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Tema subjetivo
De acordo com o músico, não há motivo para manter um equívoco na gravação de um disco. “Vou ter de ouvir o álbum para sempre, então não quero meus erros registrados. Não tenho vergonha de corrigi-los”, afirmou durante uma entrevista recente ao Sonic Perspectives.
Então surge a questão: o que é um erro? Henderson explicou que a resposta é relativa: “Nós também nos arriscamos no estúdio. Às vezes deixamos erros porque os erros são legais. Gostamos deles. Em muitas ocasiões não se trata de ser um erro ou não, mas de se há atitude ou não.”
“Às vezes erros são ótimos. Mas, outras vezes, mesmo coisas que as pessoas não considerariam erros têm uma sensação errada… Simplesmente não parecem algo que você gostaria de manter, mesmo se estiver certo”, finalizou o guitarrista.