Para muitos músicos, uma guitarra feita nos Estados Unidos é automaticamente superior a outra feita na Ásia. Paul Reed Smith, no entanto, acredita que o país de origem de um instrumento musical não é sinônimo de qualidade.
“Sempre acreditei que não se trata do país em que um instrumento é feito”, escreveu o luthier e fundador da PRS Guitars em uma nova coluna da Premier Guitar. “Sempre se tratou do nível de habilidade dos fabricantes de guitarras”, garantiu.
Preciosidades do exterior
O profissional citou a criação da linha acessível PRS SE para exemplificar sua posição. “Quando começamos a viajar para instalações de fabricação de guitarras no exterior, descobrimos que quase todo o treinamento deles ao longo das décadas era sobre ‘fazer rapidamente’.”
Já a filosofia da PRS não era sobre velocidade de produção, mas sobre qualidade, explicou Smith. “Depois que eles aprenderam a ‘fazer bem’ em vez de ‘fazer rapidamente’, as guitarras deles passaram a ser do mesmo calibre das que fazemos aqui.”
Ele finalizou: “Já vi alguns instrumentos impossíveis de tocar feitos nos Estados Unidos. Nós chamamos esses produtos, independentemente da origem, de ‘objetos em forma de guitarra’. E eu também já toquei verdadeiras preciosidades não produzidas aqui.”