Wolfgang Van Halen, filho do lendário Eddie Van Halen, acaba de acender uma polêmica que poucos esperavam ouvir de alguém com seu sobrenome. Em entrevista recente, ele afirmou que nem toda música precisa de solo de guitarra — uma declaração ousada para um artista que carrega no sangue o legado de um dos maiores guitarristas da história.
A revelação veio à tona durante a divulgação de The End, novo álbum de sua banda Mammoth, durante uma coversa com a plataforma SiriusXM. Segundo Wolfgang, sua prioridade é a composição, não a exibição técnica. “Pode soar estúpido vindo do filho de Eddie Van Halen”, ele mesmo admite, “mas o que mais me alegra é construir uma música pedaço por pedaço.”
No mundo do rock, onde solos muitas vezes são tratados como símbolos de virtuosismo, Wolfgang propõe um caminho oposto: fazer o que a música pede — e não o que o ego exige.
Para Wolfgang, composição vale mais que demonstração de técnica
Apesar da provocação, o músico não descarta os solos completamente. Ele garante que há sim solos em The End, mas sempre inseridos com propósito. “Definitivamente, há mais solos de guitarra”, afirma. “Mas não é isso que me move. Eles estão lá, e eu vou dar o meu melhor!”
Curiosamente, essa visão está longe de ser uma ruptura com o legado de seu pai. Eddie Van Halen, ainda em 1991, já dizia que “tocar o mais rápido que puder não me convence muito… um solo serve para destacar uma música, não para se exibir.” Para ele, o que realmente importava era o conjunto: a banda, o sentimento, a música como um todo.
Wolfgang está apenas seguindo esse pensamento — e levando-o adiante com coragem. A primeira faixa divulgada do novo disco, “The Spell”, já deixa claro que seu talento como compositor é tão marcante quanto sua habilidade nos instrumentos.
Com o lançamento de The End previsto para 24 de outubro, o público pode esperar um disco que desafia convenções e coloca a música acima do ego. E, vindo de um Van Halen, isso tem um peso que ecoa alto no mundo do rock.





