A mais nova edição da revista britânica Mojo traz uma longa matéria sobre as gravações de “In Utero”, o derradeiro álbum da banda que em breve ganhará uma edição de luxo, e os últimos meses do Nirvana.
Em um dos trechos mais interessantes, Dave Grohl, na época o baterista do grupo, fala da entrada do guitarrista Pat Smear para a banda – ele tocou com eles de setembro de 1993 até o suicídio de Kurt Cobain em abril do ano seguinte.
O que poucos sabiam é que, antes de decidirem-se por Smear, outras pessoas foram cogitadas. “Nós pensamos no Steve Turner e no Buzz Osbourne, mas obviamente a gente não queria que o Mudhoney ou o Melvins [as bandas que até hoje eles integram] terminasse.” Grohl então conta que Cobain foi até a (loja de discos) SST Superstore, onde Smear trabalhava, e a empatia entre eles foi imediata.
O músico lembra como as coisas mudaram com a entrada dele para a banda. Segundo Grohl, mais do que qualquer coisa, Smear trouxe uma injeção de ânimo e alegria para os caras.
“Em um dos primeiros ensaios, a gente estava tentando tocar ‘The Man Who Sold The World’ [de David Bowie], e não estávamos conseguindo. Pat então disse: ‘Na verdade, ela é tocada assim’, e na hora eu pensei que agora nós tínhamos um músico de verdade na banda.”
A morte de Cobain causou o fim do Nirvana e fez com que Pat Smear se tornasse um dos raros músicos a ter tocado em duas bandas que terminaram depois que seus líderes se mataram. Ele também integrou o Germs, grupo pioneiro da cena punk de Los Angeles, que chegou ao final depois que o vocalista Darby Crash se suicidou em 1980.
Fonte: Vagalume