A edição nº 144 da Revista Guitarload traz um mergulho profundo no universo artístico de Mateus Schäffer, músico que transformou referências cinematográficas em identidade musical. Sua história não é comum: antes mesmo de tocar guitarra, filmes como La Bamba, De Volta para o Futuro e Curtindo a Vida Adoidado moldaram sua sensibilidade.
Essas produções clássicas apresentaram, ainda na infância, nomes que definiram o rock moderno. A conexão com Buddy Holly, Ritchie Valens, Chuck Berry e Van Halen despertou uma percepção estética que orientou seu caminho. Schäffer revela que assistia aos filmes repetidamente, absorvendo cada detalhe sonoro, visual e emocional.
O impacto não foi passageiro. O músico afirma que o cinema ainda influencia sua criação. Ele estuda trilhas, percebe construções harmônicas e busca entender escolhas melódicas utilizadas por grandes compositores. Alan Silvestri, Hans Zimmer, Ennio Morricone e Danny Elfman aparecem entre suas maiores inspirações.
Para Schäffer, a guitarra dialoga naturalmente com narrativas cinematográficas. Ele acredita que trilhas bem escritas carregam lições profundas sobre clima, intenção e linguagem. A entrevista completa explora como esse repertório audiovisual moldou seu modo de tocar e de ensinar.
Fakeslide: a técnica que virou marca registrada
Outro ponto central da entrevista é a abordagem de Mateus Schäffer sobre o Fakeslide, técnica que o projetou mundialmente e se tornou uma assinatura pessoal. Ele explica que o Fakeslide surgiu do desejo de aproximar a expressividade do slide tradicional da linguagem moderna da guitarra elétrica.
O método combina alavanca, vibratos, bends, harmônicos e fraseado específico, criando uma sonoridade fluida e quase vocal. O resultado chamou atenção global. Vídeos de Schäffer viralizaram e chegaram a músicos como Jordan Rudess, Dweezil Zappa, Adrian Belew, Jeff Loomis e Jennifer Batten. Este último contato evoluiu tanto que Rudess tornou-se um amigo próximo e um de seus pupilos na guitarra.

Schäffer comenta que o maior obstáculo para iniciantes é dominar a alavanca com naturalidade. Por isso, ele desenvolveu cursos baseados em fundamentos progressivos, exercícios específicos e aplicações práticas. O curso “Fakeslide”, pioneiro no mundo, abriu caminho para alunos de vários países.
Além disso, ele cita guitarristas que expandiram essa abordagem ao longo das décadas. Jeff Beck é apontado como o grande mestre, seguido por nomes como Michael Lee Firkins, Scott Henderson e Steve Lukather. A entrevista completa aprofunda o papel dessa técnica em sua carreira, mostrando como ela se tornou porta de entrada para novas parcerias, oportunidades e reconhecimento internacional.
Por que você precisa ler a entrevista completa
A conversa com Mateus Schäffer revela um músico movido por disciplina, curiosidade e paixão pelo ensino. Ele transpõe conceitos complexos para uma didática acessível e transforma desafios técnicos em processos criativos. Sua visão sobre prática, autocrítica, evolução musical e uso consciente da tecnologia oferece uma perspectiva valiosa para guitarristas de todos os níveis.
A edição nº 144 da Revista Guitarload apresenta ainda reflexões sobre equipamento, timbre, combinações estéticas e filosofia musical. Schäffer discute a convivência entre analógico e digital, detalha seu setup principal e comenta escolhas que moldam seu som.
Para quem busca inspiração, estudo direcionado e entendimento profundo do processo artístico, esta entrevista é indispensável. Ela mostra como referências diversas — do cinema ao rock clássico — se transformam em identidade musical contemporânea.
A nova edição já está disponível. Se você quer entender o que move um dos guitarristas mais influentes da atual geração, não deixe de conferir.





