A Gibson decidiu mexer com o coração dos colecionadores e fãs de instrumentos vintage. A gigante americana acaba de apresentar cinco novos modelos acústicos na coleção Murphy Lab Light Aged, trazendo para os dias atuais verdadeiras lendas da sua primeira Era de Ouro. O mais curioso? São violões novinhos, mas com cara, timbre e sensação de peças que já viveram décadas de palco.
Essa série é feita para quem sempre sonhou em ter um modelo histórico, mas nunca teve coragem (ou bolso) para pagar os preços exorbitantes dos exemplares originais. O trabalho de envelhecimento leve aplicado pela Murphy Lab dá aquele charme irresistível: marcas de laca, leves arranhões, bordas arredondadas e o som que parece já ter sido temperado pelo tempo.
O charme da coleção Murphy Lab Light Aged
Os novos violões foram construídos com tampos de abeto Sitka ou abeto vermelho envelhecidos termicamente, garantindo um timbre maduro desde o primeiro acorde. Além disso, cada modelo vem acompanhado de um case rígido no estilo da época em que foi lançado, completando a experiência vintage de alto nível.
Entre as novidades estão recriações fiéis de modelos que marcaram a história da música acústica. Se você é apaixonado por detalhes, prepare-se para se perder em cada escolha de madeira, ferragem e acabamento.
Um panorama sobre a coleção
- 1929 Nick Lucas Special Light Aged: corpo de mogno profundo em formato L-00, tampo de abeto vermelho envelhecido, escala em jacarandá com incrustações em madrepérola. Famoso como o primeiro signature da Gibson.
- 1963 Dove Light Aged: fundo e laterais em maple flamejado, tampo de abeto Sitka, escudo gravado e ponte com pombas incrustadas. Foi o preferido de Elvis e Tom Petty.
- 1955 J-45 Light Aged: conhecida como a “Bruta de Trabalho”, com corpo em mogno, tampo de abeto Sitka, braço em mogno com escala em jacarandá. Um dos violões mais gravados da história.
- Pré-Guerra SJ-200 Rosewood Light Aged: fundo e laterais em jacarandá, tampo de abeto vermelho envelhecido, braço de maple AAA e incrustações luxuosas em madrepérola. Considerada a “Rainha dos Flat-Tops”.
- 1957 SJ-200 Light Aged: versão com fundo e laterais em flamed maple AAA, tampo em abeto Sitka, escala em jacarandá e cavalete Moustache™, além de tarraxas Gotoh douradas.
Preço salgado, mas colecionável
Essas belezinhas não são exatamente para quem está contando moedas no cofrinho. Nos Estados Unidos, cada modelo custa em média US$ 6.499, algo em torno de R$ 34.000 na conversão direta (sem incluir impostos e taxas de importação). Um valor que pode assustar, mas que faz sentido dentro do universo de instrumentos premium e colecionáveis.
Mais do que instrumentos, verdadeiras experiências
O mais interessante dessa coleção é que a Gibson não quer apenas vender violões, mas entregar uma experiência. A sensação de abrir o case, sentir o acabamento envelhecido e tocar um instrumento que parece ter atravessado décadas é algo difícil de colocar em palavras. É como se o músico herdasse um pedaço da história da música, sem precisar disputar em leilões milionários.
Se você sempre sonhou em ter um violão com aura vintage, mas novo em folha, essa pode ser a sua chance. Agora a grande questão é: você teria coragem de colocar uma dessas raridades no palco ou deixaria guardada como relíquia?






