Na última semana, representantes de grandes marcas do setor de instrumentos musicais dos Estados Unidos se reuniram em Washington pela primeira vez em 17 anos. A pauta principal foi o combate às tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, que impactaram fortemente o mercado de instrumentos musicais.
John Mlynczak, presidente e CEO da NAMM (Associação Nacional de Comerciantes de Música), lidera a mobilização. Ele afirma que as tarifas representam um risco real para o setor: “O consenso é que essas tarifas podem ser devastadoras para nossa indústria, e de várias maneiras”, declarou em entrevista à Guitar World.
“Não se trata apenas do custo adicional para as empresas, mas da disrupção nas cadeias de suprimento”, explicou Mlynczak, que tem o apoio de representantes da Gibson, Fender, Martin, PRS e Taylor. “É a imprevisibilidade e a rapidez com que são impostas. As empresas não têm tempo para se adaptar”, completou o executivo.
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A delegação já se reuniu com o senador Bill Hagerty, do Tennessee. O grupo está em contato com o Comitê de Meios e Recursos, responsável por legislações fiscais nos EUA, para pressionar pela exclusão de instrumentos e acessórios musicais das tarifas.
“O mais importante agora é pressionar os representantes no Congresso. Quando isso é feito, esse membro do Congresso pode usar essa pressão e empurrá-la para outros membros internamente”, reforçou Mlynczak.