Paul Reed Smith, fundador da PRS Guitars, afirmou que sua intenção inicial não era criar uma marca própria, mas construir guitarras para fabricantes já estabelecidos.
Em entrevista recente, Smith contou que apresentou protótipos a empresas como Kramer, Ovation e Yamaha, mas não obteve ofertas satisfatórias.
O episódio é parte da história da PRS, que se tornou uma presença global no mercado de guitarras elétricas nas últimas quatro décadas.
Tentativas frustradas com grandes fabricantes
Segundo Smith, sua estratégia inicial consistia em oferecer designs originais a fabricantes consagrados, evitando a necessidade de lançar um negócio próprio.
Ele menciona que chegou a construir protótipos com especificações exigidas por algumas empresas e levou os modelos até executivos interessados.
Apesar de alguns elogios pontuais — como reconhecimento de qualidade em recursos específicos dos instrumentos — as propostas comerciais recebidas foram consideradas fracas ou inexistentes. Isso se aplicou a nomes como Kramer, então uma das maiores fabricantes na cena de guitarras de rock, e outros gigantes do setor.
Endossos de artistas não garantiram acordos
Nos primeiros anos de sua trajetória, Smith conseguiu atenção de músicos de destaque como Carlos Santana, Al Di Meola e Howard Leese. Segundo ele, artistas como Di Meola chegaram a encorajar fabricantes a considerar os designs de Smith, mas sem sucesso comercial direto.
Smith recorda que, mesmo com essas conexões, as grandes empresas não avançaram em parcerias. A falta de interesse colocado diante de seu trabalho foi um fator importante para que ele passasse a investir na criação de sua própria marca.
Transformando rejeição em marca própria
Após as tentativas frustradas, Smith decidiu fundar a PRS Guitars em meados da década de 1980 — empresa que hoje é reconhecida mundialmente. A marca cresceu de um pequeno ateliê para um dos principais nomes em guitarras elétricas, com linhas que incluem modelos de alto padrão, séries acessíveis e colaborações com artistas contemporâneos.
A trajetória de Smith reflete uma mudança de estratégia: da oferta de designs a terceiros para o estabelecimento de uma identidade própria no setor. Quatro décadas depois, PRS é uma presença consolidada em estúdios e palcos globalmente, com produtos que cobrem uma ampla gama de estilos e preços.




