O canadesnse Bryan Adams, um dos nomes mais lendários do rock, está prestes a lançar seu 17º álbum de estúdio. Mas o que realmente está chamando atenção não é apenas a nova fase musical — e sim a sua opinião afiada sobre o cenário atual da música com guitarra.
Segundo o simpático artista de voz rouca, a guitarra pode até não estar no topo das paradas como antes… mas isso nunca foi um problema para ele.
Marcado para agosto, Roll With The Punches é o primeiro álbum do artista lançado totalmente por um selo independente: a Bad Records, de sua própria criação. A proposta? Trazer uma sonoridade direta, simples e com cara de banda tocando junta — como nos velhos tempos.
Bryan não esconde sua preferência pelo jeito orgânico de gravar: nada de sintetizadores ou efeitos exagerados. “Eu só coloco todo mundo na sala e deixo acontecer”, disse em entrevista recente à revista Classic Pop. Ele reforça que não vê sentido em complicar a produção. “É mais fácil assim. É como eu sempre fiz.”
“Toco para os convertidos”, diz Bryan Adams
Na mesma conversa, Adams foi direto ao ponto: a música de guitarra realmente não está em alta no momento. Mas, para ele, isso não importa. “Sei que há pessoas que ainda gostam — se tiverem a chance de ouvir. Então, eu toco para os convertidos.”
Essa postura revela algo muito mais profundo do que uma simples opinião musical. Bryan parece ter entendido o que muitos artistas esquecem: que não é preciso agradar todo mundo, mas sim se conectar com quem realmente escuta.
Apesar de acompanhar as transformações da indústria, Adams segue fiel ao estilo que o consagrou. Roll With The Punches é descrito como um disco cheio de “hinos poderosos do rock”. A promessa é manter viva a chama do rock com guitarra em tempos onde beats e sintetizadores dominam o mainstream.
E mesmo ao criar um selo próprio, o artista não vê isso como um ato de rebeldia, mas como uma forma de liberdade criativa. “É uma maneira de fazer do meu jeito, no meu tempo”, afirmou.
Dê o play e confira o clipe da faixa que batiza o novo disco de Bryan:
O que a fala de Bryan Adams revela sobre o futuro da guitarra
A opinião de Bryan é mais do que uma declaração nostálgica. Ela aponta para um fenômeno silencioso: apesar de não estar mais no centro da música pop, a guitarra segue firme em nichos apaixonados — como o rock, o metal e o indie.
Muitos músicos continuam optando por caminhos independentes, apostando em autenticidade e conexão direta com os fãs. O próprio crescimento de plataformas como Bandcamp, além de selos artesanais, mostra que existe, sim, um público fiel à música com alma — e com riffs.




