Carlos Santana surpreendeu ao contar uma história mística envolvendo ninguém menos que Stevie Ray Vaughan. Segundo o guitarrista, SRV teria “voltado” em um sonho e feito um pedido inusitado: queria tocar guitarra novamente — usando o corpo e as mãos de Santana.
Parece cena de filme? Pois o próprio Santana fez essa comparação. Em entrevista à edição impressa da Guitar World, ele contou que o espírito de Stevie apareceu com um recado direto: “Carlos, onde estou, não tenho dedos”. O lendário texano teria expressado uma profunda saudade de fazer os alto-falantes tremerem com suas frases intensas de blues.
O pedido que atravessou dimensões
No sonho, Vaughan teria pedido que Santana ligasse para seu irmão, Jimmie Vaughan, e pedisse emprestado o lendário amplificador Dumble Steel String Singer #007. A ideia? Usar uma Fender Stratocaster conectada ao equipamento para poder, de certa forma, sentir o som de novo — mesmo sem estar fisicamente presente.
“Ele queria usar meu corpo e minhas mãos porque sentia falta de tocar guitarra”, relatou Santana. A experiência foi tão real que ele decidiu tentar cumprir o pedido do “espírito” de SRV.
Uma coincidência impossível de ignorar
O mais impressionante é que essa “visita espiritual” não ficou restrita apenas a Santana. René Martinez, técnico de guitarra de Stevie Ray Vaughan, relatou ter tido exatamente o mesmo sonho — com a mesma mensagem. Foi essa coincidência que convenceu Jimmie Vaughan a emprestar o Dumble, algo extremamente raro. A última vez que o equipamento saiu de suas mãos foi para John Mayer.
“Digamos que o Jimmie não empresta esse aparelho com muita facilidade”, disse Santana, com bom humor. A fama do amplificador não é à toa: os modelos Dumble são raríssimos e extremamente valorizados — podem ultrapassar os R$ 600 mil no mercado secundário, dependendo da série. Esse valor, claro, não inclui taxas nem impostos de importação.
Visitas do além ou sensibilidade artística?
Para Santana, isso não é novidade. Ele afirma que frequentemente recebe “visitas” de músicos, tanto vivos quanto mortos. Miles Davis, B.B. King e outros ícones já teriam “aparecido” para ele em sonhos com mensagens e sentimentos que, segundo ele, não vêm da imaginação.
“Às vezes, sinto como se estivesse no aeroporto JFK e todos esses músicos pousassem em mim para compartilhar coisas. Preciso descobrir o que isso significa”, disse.
Enquanto alguns enxergam loucura, Santana vê propósito. “Você não precisa estar morto para me visitar”, completou. Para ele, esse tipo de contato vai além da lógica — é parte da missão que carrega como artista.





