Wolfgang Van Halen acredita que o pai, Eddie Van Halen, nunca teve paciência para conflitos internos e jogos de poder dentro da banda Van Halen. Para ele, toda a fama de grupo turbulento sempre esteve em desacordo com o que Eddie realmente queria: tocar guitarra, fazer música e se divertir.
Em entrevista recente ao Song Cake, Wolfgang explicou que o pai não tinha qualquer apetite por polêmicas. “Ele só queria tocar guitarra”, afirmou. “Ele só queria fazer música. Por que não dá para simplesmente fazer música e se divertir com as pessoas que você ama?” Segundo ele, “nunca houve desejo por drama” — algo que contrasta com a longa lista de conflitos que marcaram a história da banda.
No livro Brothers (2024), Alex Van Halen já havia contado que, em momentos de tensão dentro da banda, costumava ficar ao lado do irmão. E motivos para isso não faltaram: trocas de vocalistas, disputas públicas e desentendimentos envolvendo nomes como Sammy Hagar e David Lee Roth ajudaram a construir a fama conturbada do Van Halen.
Parte desses problemas, admite Wolfgang, pode ter sido consequência das lutas de Eddie contra a dependência química. Segundo o site Guitar.com, em uma entrevista de 2016 à AXS TV, Hagar chegou a classificar o comportamento do guitarrista na turnê de 2004 como “horrível”, dizendo que Eddie “fez coisas horríveis com as pessoas”.
A entrada de Wolfgang na banda, em 2006, coincidiu com um período mais estável para o pai. “Eu estava ali pelo meu pai”, relembra. “Ele estava recém-sóbrio, tinha um histórico conhecido de dependência e precisava de mim ali.”
Mesmo após a morte de Eddie, os ecos do passado continuam, uma vez que David Lee Roth chegou a publicar vídeos atacando Wolfgang. Ainda assim, na visão do filho, tudo isso vai contra o espírito de Eddie: menos briga, mais música — simples assim.





