Quando falamos em Guns N’ Roses, é impossível não lembrar das polêmicas, do estrelato e dos excessos. Mas, por trás do caos, havia um nome silencioso que mantinha a engrenagem criativa girando: Izzy Stradlin. E quem garante isso é ninguém menos que o ex-empresário da banda, Alan Niven, que abriu o jogo sobre a importância vital do guitarrista – e até como ele foi responsável por colocar dinheiro em seu bolso.
A peça que faltava quando Izzy saiu
Niven foi categórico: Izzy era o coração criativo do Guns. Segundo ele, o guitarrista tinha um “vernáculo de rua inquestionável”, capaz de transformar experiências cruas em letras que conectavam a banda com as ruas de Los Angeles e com milhões de fãs pelo mundo.
“Eu sempre invejei isso. Amava o jeito sagaz com que ele escrevia suas letras dentro daquele idioma de rua”, disse Niven. Para o empresário, a saída de Izzy foi uma perda irreparável. Prova disso? Desde sua partida, em 1991, o que sobrou foi apenas um álbum solo de Axl Rose – e um vazio criativo que jamais foi preenchido.
Essa ausência, segundo Niven, não foi apenas musical, mas também emocional. Izzy era o equilíbrio em meio ao turbilhão, o cara que não precisava gritar para ser ouvido. Seu papel era tão essencial que, para muitos, ele foi a “alma invisível” da formação clássica da banda.
O gesto que mudou tudo nos bastidores
Mas o impacto de Izzy não ficou apenas nas músicas. Niven revelou que, no primeiro ano em que trabalhou com o Guns N’ Roses, não recebeu um único centavo. Foram meses de dedicação sem ver retorno financeiro algum.
A virada aconteceu quando Izzy, inconformado com a situação, foi pessoalmente ao escritório do contador da banda. Pouco depois, um cheque chegou às mãos do empresário – resultado direto da intervenção silenciosa, mas decisiva, do guitarrista.
Eu fiquei horrorizado ao descobrir que, em um ano de trabalho, não tinha recebido nada. Izzy ficou envergonhado com isso e garantiu que fosse corrigido”
Alan Niven
Esse episódio mostra um lado pouco conhecido do músico: leal, justo e consciente da importância daqueles que ajudavam a construir a história da banda. Enquanto outros se envolviam em disputas de ego, Izzy se movia nos bastidores como um verdadeiro maestro invisível.
No fim, Niven resumiu sua visão sobre o destino da banda com uma citação que soa quase profética: “Confúcio diz: aquele que se senta na beira do rio acabará vendo o corpo do inimigo passar boiando.” Uma metáfora clara de que, na vida e na música, o tempo sempre revela quem realmente fez a diferença.
Dê o play e confira um dos melhores momentos de Izzy no Guns:




