Joe Bonamassa sabe que sua impressionante coleção de guitarras e amplificadores vintage costuma deixar muita gente confusa. Para ele, isso acontece porque nem todo mundo entende o que realmente significa ser um colecionador.
Há algumas décadas, uma Gibson Les Paul vintage era vista como “apenas uma guitarra”, e modelos como as Juniors chegavam a ser vendidos por meros US$ 500. Hoje, o cenário é outro: o mercado de instrumentos antigos movimentou cerca de US$ 1,6 bilhão no último ano e pode ultrapassar os US$ 2,5 bilhões na próxima década, segundo análise da Global Growth Insights.
Bonamassa, porém, sempre valorizou essas peças — muito antes de virarem itens de luxo. “Quando eu olho para uma Gibson Les Paul Standard de 1959 ou uma Fender Stratocaster de 1954, penso: ‘Uau. Cada parte disso, dos parafusos aos capacitores, foi feita aqui’”, disse em entrevista recente à CBS Mornings.
Para Bonamassa, colecionar não é acumular, mas cuidar: “Cada instrumento é diferente. Quando as pessoas perguntam ‘por que você precisa de tantos?’, elas não entendem o que é ser um colecionador. Como colecionador, você é um guardião. Você tem a capacidade de preservar as coisas; usá-las. É por isso que amo guitarras e amplificadores. Eles funcionam. Toco com eles ao vivo e em estúdio.”
Por fim, apesar de investir alto em guitarras raras, Bonamassa reconhece que os preços atuais passaram do ponto: “Elas não eram tratadas como violinos Stradivarius. Eram só guitarras. Ninguém imaginava que valeriam centenas de milhares de dólares. E elas não deveriam valer isso tudo”, concluiu o músico.




