Quando o assunto é Mark Knopfler, poucos imaginam que até os gigantes da guitarra enfrentam obstáculos. Em uma entrevista recente, o ex-líder do Dire Straits confessou que a Covid-19 abalou profundamente sua técnica — a ponto de torná-lo incapaz de repetir passagens marcantes de Brothers In Arms, álbum que completa 40 anos em 2025.
Mesmo com uma carreira recheada de glórias, Knopfler não esconde a frustração. “A Covid me desacelerou muito. Já tive três vezes”, revelou. Segundo ele, o afastamento forçado do instrumento afetou tanto sua agilidade quanto sua resistência.
A guitarra que escapou pelos dedos
Knopfler afirmou que se hoje tentasse reproduzir as partes de guitarra do disco — como em “Money For Nothing” — provavelmente não conseguiria o mesmo resultado. “Não tocaria tão bem agora”, declarou. Para muitos fãs, é quase impensável imaginar o criador de solos tão marcantes sendo vencido pelo tempo e pela doença.
Mas o guitarrista mantém o espírito otimista. Ele sabe que pode reconquistar sua técnica, mesmo reconhecendo que desenvolveu certos vícios ao longo do tempo: “Você desenvolve técnicas preguiçosas. Me pego usando acordes incompletos, essas ‘gambiarras’… Nada que deixaria um professor feliz”, brincou.
Um recomeço com as mãos no instrumento
Apesar das limitações atuais, Knopfler está decidido a retomar a forma. “Estou realmente ansioso para melhorar”, disse, demonstrando a paixão que o move desde sempre. Para ele, o desafio é também uma motivação: voltar a tocar com alma, como nos velhos tempos.
Em tempos de superação e recomeço, a honestidade de Mark Knopfler soa como um lembrete poderoso: até os maiores precisam reaprender a caminhar antes de correr. E, no caso dele, a corrida é feita com notas, acordes e muito feeling.




