O cantor e compositor britânico Chris Rea, conhecido mundialmente pelo clássico natalino “Driving Home for Christmas” e por sucessos como “The Road to Hell e Fool (If You Think It’s Over)”, morreu nesta segunda-feira (22) aos 74 anos. A família anunciou que ele faleceu pacífica e serenamente em hospital, após uma breve doença, rodeado por seus entes queridos.
Ao longo da vida, Rea enfrentou desafios significativos de saúde. Em 2001, foi diagnosticado com câncer de pâncreas, o que o levou à remoção do órgão e parte do fígado, resultando posteriormente em diabetes tipo 1. Em 2016, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) que afetou sua fala e movimentos. Mesmo assim, ele continuou envolvido com música e arte até seus últimos anos.
Carreira marcada por sucessos e resiliência
O artista alcançou os primeiros grandes êxitos no final dos anos 1970 e ao longo dos anos 1980. Seu single “Fool (If You Think It’s Over)” recebeu indicação ao Grammy nos Estados Unidos, enquanto álbuns como The Road to Hell (1989) e Auberge (1991) atingiram o topo das paradas no Reino Unido.
“Driving Home for Christmas”, escrita em 1978 e lançada em 1986, tornou-se um dos maiores hinos natalinos em todo o mundo, voltando regularmente às paradas durante a temporada festiva e entrando no imaginário coletivo como trilha sonora do fim de ano.
A reverberação do estilo de Chris Rea pode ser percebida em gerações de guitarristas que priorizam melodia, sensação e narrativa no instrumento em vez de técnica mecanicista.
O legado de Chris Rea ultrapassa suas próprias gravações. Guitarristas contemporâneos reconhecem na abordagem de Rea elementos que moldaram seu estilo: o slide guitar melódico, o uso de timbres limpos e atmosféricos e a construção de solos que priorizam emoção sobre virtuosismo.
Nomes como Mark Knopfler, do Dire Straits, e John Mayer apresentam traços desse estilo em suas interpretações, seja na forma como constroem linhas de solo ou na busca por musicalidade orgânica, mostrando como o trabalho de Rea reverbera em gerações de guitarristas britânicos e norte-americanos.




