Muitos guitarristas, principalmente os mais jovens, acreditam que precisam tocar como seus ídolos. Marty Friedman, renomado guitarrista e ex-Megadeth, alerta que esse caminho pode ser prejudicial. Segundo ele, a busca obsessiva pela técnica pode fazer o músico perder sua identidade musical.
Durante um workshop realizado em 23 de setembro no Kadıköy Sahne, em Istambul, Turquia, Friedman explicou que é natural admirar guitarristas virtuosos e querer tocar como eles. No entanto, se essa admiração virar obsessão, o músico corre o risco de apenas acumular técnicas sem desenvolver seu próprio estilo.
Identifique o que realmente importa
Friedman enfatiza que cada guitarrista deve focar nas áreas que mais lhe interessam. “Para mim, é mais importante ser honesto com o que me interesso em aprender. Não quero perder tempo tentando tocar como Eric Johnson. Eu respeito, mas isso não faz parte da minha musicalidade”, disse.
O guitarrista acrescentou que reconhecer seus gostos pessoais e experiências de vida é essencial. “Você tem que ser honesto consigo mesmo. Aprenda o que ama, não apenas porque é bom”, orientou.
Prática focada é mais eficaz que técnica exagerada
Segundo Friedman, dedicar-se intensamente a poucos aspectos da guitarra é mais produtivo do que tentar dominar tudo. Ele citou até Adrian Smith, do Iron Maiden, que alcançou grandes feitos antes de perceber que precisava praticar mais regularmente.
Não se pressione a copiar outros músicos
“Muitas pessoas pensam: ‘Preciso tocar como Al Di Meola’. Bem, não. Eu nunca conseguiria tocar assim, nem em um milhão de anos. Cada músico tem experiências de vida diferentes. A sua é única. Então, você deve se sentir aliviado por não ter que aprender tudo”, explicou Friedman.
O conselho é claro: a responsabilidade do músico é aprender aquilo que realmente ama e se dedicar a isso. A técnica deve ser um meio, não um fim. Ao respeitar suas próprias preferências e experiências, o guitarrista consegue construir um estilo autêntico e duradouro.
As informações são do site Blabbermouth.
