Mike Keneally, multi-instrumentista conhecido por suas passagens pelos universos de Frank Zappa e Steve Vai, falou sobre as diferenças e aprendizados de trabalhar com dois dos músicos mais exigentes da guitarra. Em entrevista à Guitar World, ele contou como criou uma conexão imediata com Vai e comparou os métodos dos dois mestres.
Segundo Keneally, a música de Zappa sempre teve fama de caótica para ouvidos mais convencionais, mas nada ali era aleatório. Frank queria precisão, consistência e, acima de tudo, que suas ideias soassem exatamente como ele imaginava. Já Steve Vai, embora igualmente rigoroso, tinha uma abordagem mais didática.
“Isso foi muito divertido e prazeroso para mim. Eu e Vai somos de Long Island. Nós dois passamos pela experiência Zappa”, contou Keneally. “Crescemos amando o Frank e, muito jovens, acabamos entrando na banda dele, o que foi transformador para nós dois. Criamos um vínculo por causa disso, e eu sempre digo que tocar com o Steve Vai foram as melhores aulas de guitarra pelas quais já fui pago.”
Ele explica que, enquanto Zappa se concentrava mais nas notas e na articulação, Vai ia fundo nos detalhes técnicos. “Com o Steve, eram horas sentados frente a frente, enquanto ele demonstrava exatamente como tocar cada frase de uma música: o quanto levantar a corda, quão rápido, quando parar.”
Por outro lado, o principal interesse de Zappa era o que ele queria ouvir: “Com Frank, trata-se principalmente de notas e, obviamente, de articulação e coisas do tipo, mas não necessariamente de técnicas específicas de guitarra”, finalizou Keneally.
As informações são do site Ultimate Guitar.





