Antes de se tornar uma potência do metal, o Pantera fazia um som bem orientado ao hard rock da década de 1980, com influência do glam. Na época, o guitarrista Dimebag Darrell já se destacava por sua técnica – na época, curiosamente, ele era chamado de Diamond Darrell.
Nesse período, o guitarrista do Alice in Chains, Jerry Cantrell, teve a oportunidade de assistir a um show do Pantera. Na época, em meados de 1985, a banda tinha até outro vocalista: Terry Glaze, antecessor de Phil Anselmo. O restante da formação, além de Darrell, trazia os músicos de sempre: Rex Brown no baixo e Vinnie Paul na bateria.
“Existia uma pequena casa de shows em Houston chamada Cardi’s e eu adorava, pois alguns artistas ascendentes tocavam lá. Vi Yngwie Malmsteen com o Talas abrindo e foi incrível. Vi o Pantera ainda com Terry, ants de Phil. Conheci Dime e Vinnie naquele lugar”, contou, inicialmente, em uma entrevista em vídeo para a Gibson transcrita pelo Ultimate Guitar.
Em seguida, Cantrell destacou suas impressões iniciais sobre Darrell, que só ficaria famoso mesmo na década de 1990. “Sou fã de todos que são mestres em seus instrumentos, que têm algo inato e único. Dime era um desses caras. Lembro até de ficar perguntando para ele, depois, sobre seus amplificadores e tons, pois era algo de outro mundo”, disse.
A personalidade musical de Dimebag Darrell veio de suas influências bem distintas para aquele período. “Ele era um grande fã de Van Halen, o que dava para perceber na forma de tocar, mas também curtia sons mais pesados. É por isso que ele soava daquele jeito, ninguém era como ele. Lembro que tínhamos a mesma idade e ele, com 18 anos, já havia sido campeão desses torneios de guitarra por 6 anos seguidos. Muito talento, desde o início”, afirmou Jerry Cantrell.
A entrevista na íntegra está disponível a seguir (em inglês, sem legendas):