O guitarrista K. K. Downing, cofundador do Judas Priest, fez história na clássica banda entre os anos de 1970 e 2011. Mas afinal, quais foram as razões que levaram a sua saída, que acabou pegando os fãs de surpresa?
Em entrevista exclusiva para a Guitarload, K. K. Downing deu sua versão sobre os acontecimentos que levaram a essa tomada de decisão. De acordo com o músico, uma série de insatisfações envolvendo as tomadas de decisão dentro do Judas Priest acabaram resultando em sua saída.
“Quando você é jovem e monta uma banda, tudo gira em torno daqueles três, quatro ou cinco rapazes. Era frustrante ver como toda a tomada de decisões passou a caber exclusivamente ao Glenn e a Jayne (Andrews, empresária). Eu não sentia que meu voto tinha o mesmo peso, mas deveria, porque sempre fui leal ao Judas Priest. Em 40 anos de banda, nunca toquei com nenhum outro músico, nunca vendi minhas próprias camisetas em uma loja virtual. Talvez em função disso, minha voz devesse ser mais ouvida do que a de qualquer outro integrante”, desabafou.
K. K. Downing e o Judas Priest
K. K. Downing também revelou que “não estava feliz” na ocasião de sua saída e sentia como se tivesse perdido o controle de sua própria banda. “Houve muitos problemas em 2010 com os quais não estava disposto a lidar. Naquele ano, Rob lançou dois trabalhos solo e fez uma turnê mundial, incluindo o Ozzfest. Cheguei num ponto em que perguntei: “Certo, vocês dois querem a banda? É toda sua”. Depois de anos forçando o controle para cima de nós, finalmente conseguiram”, refletiu
Ao longo das décadas em que integrou o Judas Priest, K. K. Downing esteve presente na gravação dos maiores sucessos do grupo, como “British Steel” (1980) e “Painkiller” (1990). Agora, o guitarrista fundou sua nova banda KK’s Priest, que já lançou o primeiro disco, chamado “Sermons of the Sinner”.