Com o fortalecimento do home-office em função da pandemia, muitas pessoas passaram a ter mais tempo para aprender novos hobbies. Isso resultou em um “boom” na venda de guitarra mundo afora, que pode ser comparado à mesma explosão de novos guitarristas que surgiram sob influência dos Beatles.
A afirmação vem de Brian Makeski, editor do portal Music Trades, em um artigo no próprio site oficial da empresa. Segundo o especialista, o cenário atual é ainda mais favorável ao fortalecimento do mercado de guitarras e violões do que no início dos anos 1970, quando o fenômeno dos Beatles passou a influenciar positivamente as vendas de instrumentos musicais.
“Em 1971, na era pós-Beatles, o total de vendas superou 2,5 milhões de unidades. Muitos desses compradores depois deixaram o instrumento de lado, mas uma minoria persistiu. É possível que estejamos presenciando uma dinâmica parecida agora com a pandemia de covid-19. Hoje em dia, o cenário tende a ser ainda melhor, pois temos um marketing mais direcionado e uma população maior”, avalia.
Pandemia e a venda de guitarra
Para Makeski, outros fatores também ajudam a explicar o otimismo do mercado de venda de guitarra, como a maior popularidade do instrumento – que vai desde os mais jovens até os mais velhos – e também a crescente demanda do público feminino, coisa que não havia de forma significativa nas décadas de 1960 e 1970.
“Também temos disponíveis mais ferramentas para o aprendizado da guitarra e, com a pandemia, as pessoas precisaram ficar em casa e decidiram aprender algo novo. Tudo isso nos leva a crer que o ‘boom’ da venda de guitarra ainda vai durar bastante. Não acho que nosso otimismo é infundado”, completa.