O debate sobre qualidade das madeiras na fabricação de guitarras ganhou um novo capítulo. O guitarrista Tim Bailey relembrou uma conversa que teve com Leo Fender sobre o tema da madeira para instrumentos, dizendo que o falecido ícone da indústria não dava muita importância a isso e escolhia “qualquer madeira disponível”.
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Bailey lembra de ter sido levado para um tour pela oficina da G&L Musical Instruments – empresa que Leo Fender fundou. Nessa oportunidade, falaram sobre como Leo pensava a produção de seus instrumentos.
“Eu era muito detalhista e estava interessado em saber por que ele escolhia coisas específicas, o que eu acho que ele gostava de ser perguntado porque era franco em suas respostas. Ele preferia o que estava prontamente disponível — e acessível”, afirma.
Um dos assuntos sobre os quais conversaram foi a madeira para os instrumentos, e Leo Fender não atribuía muita importância à escolha da madeira para guitarras de corpo sólido, recorda Bailey:
“E quando ele media as respostas em seu osciloscópio, ele realmente não via diferenças entre as madeiras. Vale lembrar que Leo estava parcialmente surdo naquela época, e ele nunca aprendeu a tocar guitarra, o que pode ter influenciado seus sentimentos sobre o assunto. No entanto, ainda concordo com ele.”