Max Cavalera é um dos poucos músicos brasileiros a conseguir fama internacional com sua própria banda, o Sepultura. Ele deixou a formação em 1996 e montou outros projetos que também conquistaram repercussão, como o Soulfly e o Cavalera Conspiracy.
Em entrevista à ‘Kerrang!’, o vocalista e guitarrista revelou alguns dos conselhos que daria para jovens músicos que buscam um lugar ao sol. “Claro, posso dizer o básico: trabalhe muito e lute por seus sonhos. Porém, não sei o que dizer. Não existe um manual explicando como fazer sucesso”, afirmou.
Em seguida, Cavalera aconselha com seu caso próprio: o sucesso do Sepultura veio pelo método de “tentativa e erro, decisões boas e ruins”. Ele declarou, ainda, que sente muito orgulho de tocar com o próprio filho, Zyon, que se tornou baterista do Soulfly.
“Fizemos tudo juntos. Tenho orgulho de tocar com meu filho, Zyon. É uma das melhores sensações do mundo. O álbum ‘Chaos A.D.’ (1993) abre com o ultrassom do coração dele, antes mesmo de ele ter nascido e, agora, tocamos juntos”, disse.
O músico destacou que muitos fãs jovens estão indo a seus shows. “Eu coloco essa molecada no palco, não consigo evitar. Quero que as pessoas tenham essa sensação. Em um show, um garoto de 6 anos cantou o refrão de ‘Eye For An Eye’ comigo. Havia uma garotinha de 8 anos usando uma camisa do Soulfly. É insano. E tem todos os mais velhos que cresceram com minhas coisas. Você os vê com barbas brancas e sabe que estão lá desde o começo”, afirmou.
Max Cavalera, o incansável
Por fim, Max Cavalera disse que sente orgulho dos vários álbuns que já gravou, mas que não permite isso fazer com que ele pare – o que também serve como conselho. “Sempre busco por um álbum melhor. Acho que ainda não fiz uma obra-prima, está para chegar. Pode parecer insano após os trabalhos com Soulfly e Sepultura, mas ainda busco por mais. Nunca para. Os comentários que ouço sobre o disco mais recente do Soulfly mostra que devo estar fazendo algo certo. Ainda fico nervoso antes de shows, acredite ou não, mas isso é ótimo, porque é catártico e mostra que você ainda se empolga”, concluiu.