Em abril de 2025, Samantha Fish, uma das artistas mais influentes do blues contemporâneo, lançou seu novo álbum Paper Doll. Gravado entre Austin e Los Angeles, o trabalho reúne nove faixas inéditas que misturam energia visceral, introspecção e sonoridades vintage.
Ao lado de Samantha, participaram das gravações Ron Johnson (baixo), Jamie Douglas (bateria) e Mickey Finn (teclados). As backing vocals Tifanny Lamsen, Kayla Jasmine e Zena Moses acrescentaram camadas de emoção que elevam ainda mais o resultado final.
Na edição #142 da revista Guitarload, o redator e guitarrista Caio Garcia fez uma análise completíssima sobre o álbum.
Arsenal de equipamentos
Para compor os timbres do disco, Samantha recorreu ao seu Cathegory 5 Signature, amplificador sob medida que já é parte fundamental de sua sonoridade.
No pedalboard, brilham clássicos como o King of Tone da Analog Man, usado como drive principal, o JHS Mini Foot Fuzz, que adiciona ganho extra nos momentos necessários, além do delay Carbon Copy da MXR e o oitavador Micro POG da Electro-Harmonix.
O resultado é uma ponte equilibrada entre o blues tradicional e abordagens modernas.
A abertura, “I’m Done Runnin’”, traz Samantha explorando uma Teisco Del Rey ET-200, guitarra de visual e timbre vintage que se encaixa perfeitamente no clima da faixa. Os versos guiados por riffs clássicos se transformam em um refrão explosivo, reforçado pelo uso magistral do slide.
Em “Lose You”, Samantha resgata a Supro Belmont, afinada em aberto para valorizar o slide. O clima emocional da faixa é ampliado pela força dos backing vocals, resultando em uma das interpretações mais intensas do álbum.
Já o single “Sweet Southern Sounds” é guiado por uma Gibson ES-335. Com riff marcante, letra inspirada e um solo final cheio de dinâmica, a canção rapidamente se consolidou como um dos destaques de Paper Doll, mostrando a fusão entre técnica refinada e emoção crua.
O impacto de Paper Doll
Com este lançamento, Samantha Fish reforça sua posição como uma das figuras centrais da cena do blues atual. Paper Doll não é apenas um álbum, mas uma experiência auditiva completa, capaz de transportar o ouvinte por diferentes atmosferas sem perder a identidade da artista.
Para quem busca intensidade, autenticidade e qualidade, o disco é um convite irresistível a mergulhar no universo sonoro de uma das musicistas mais talentosas do nosso tempo.




