O supergrupo Beat, formado por Adrian Belew, Steve Vai, Tony Levin e Danny Carey, traz ao Brasil uma celebração da era oitentista do King Crimson. A turnê, que chega a São Paulo no dia 9 de maio, revive a sonoridade inovadora dos álbuns Discipline (1981), Beat (1982) e Three of a Perfect Pair (1984), resgatando o legado de uma das fases mais icônicas da banda.
Na edição #137 da revista Guitarload, o jornalista Marcelo Vieira bateu um papo exclusivo com Adrian Belew — entre vários assuntos, o renomado músico detalhou os desafios do projeto. “Cerca de metade das músicas eu não tocava há anos, ou nunca tinha tocado [ao vivo]. Então houve o processo de reaprender e garantir que todos os arranjos estivessem corretos. Steve [Vai] e eu trabalhamos juntos para definir quem tocaria o quê”, disse Belew.
No entanto, além de aprender as músicas, havia outro desafio para ele: recriar os timbres originais. “Achei importante usar os mesmos sons da época, o que significa que precisei recuperar o equipamento e a tecnologia de 1981. Felizmente, ainda tenho a maior parte dessas coisas: o mesmo amplificador, uma das guitarras que usava na época, o sintetizador Roland GR-300 e outros equipamentos.”
Belew contou que levou meses para reunir os pedais e componentes certos, porque muitos deles são raros e difíceis de encontrar. “Tive alguma ajuda para isso, e, no final, o grande desafio foi montar um novo setup de guitarra. Meu equipamento atual combina tecnologia moderna com componentes vintage, funcionando como dois sistemas separados, que consigo alternar conforme necessário.”
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