O Larkin Poe lançou no mês de janeiro o disco Bloom, sétimo trabalho de estúdio do duo formado pelas irmãs Rebecca e Megan Lovell. Nos 15 anos de carreira, o grupo se consolidou como um forte representante do roots rock, gênero que incorpora e mescla elementos do blues, do folk e da música country dos Estados Unidos.
O jornalista Guilherme Gonçalves analisou o novo trabalho na edição #136 da revista Guitarload. Segundo ele, as 11 faixas “podem tranquilamente figurar em rádios de classic rock e embalar viagens de carro em autoestradas bucólicas, mas também transitar pela playlist urbana de jovens que residem em grandes metrópoles”.
De forma geral, os arranjos são dirigidos pela guitarra de Rebecca, que esbanja categoria no instrumento. Ela protagoniza também a voz principal, enquanto Megan cuida brilhantemente dos vocais de apoio e da lap steel.
“Mockingbird” é o carro-chefe do disco. “Ainda que sem a mesma profundidade lírica e instrumental, a canção remete à Tedeschi Trucks Band, em especial a forma como a voz de Rebecca dialoga com as linhas vocais típicas de Susan Tedeschi”, definiu Guilherme na resenha.
Outro destaque do registro é a balada “Little Bit”, que tem um ótimo refrão. “Nada muito original, mas extremamente bem-feito”, escreveu o jornalista. Por sua vez, mais pesada e com cheiro de naftalina, “Bluephoria” é uma tentativa de soar hard rock. “Certamente vai agradar quem curte Rival Sons, Blues Pills e similares.”
A despeito da qualidade, Guilherme acredita que é improvável que o novo trabalho repita a façanha do antecessor, Blood Harmony (2002), que ganhou o Grammy de Melhor Disco de Blues Contemporâneo. Mas certamente ajudará o Larkin Poe a continuar pavimentando sua trajetória e expandindo seu alcance, que merece extrapolar o nicho estadunidense.
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