Steve Vai elogia Whitesnake por aguentá-lo enquanto músico ‘pretensioso’

Alguns podem não se lembrar, mas Steve Vai foi guitarrista do Whitesnake no fim da década de 1980. O músico gravou o álbum 'Slip of the Tongue' com a banda antes de dar início à sua bem-sucedida carreira solo.
Foto: divulgação

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Alguns podem não se lembrar, mas Steve Vai foi guitarrista do Whitesnake no fim da década de 1980. O músico gravou o álbum ‘Slip of the Tongue’ (1989) com a banda, que encerrou suas atividades no ano seguinte – justamente quando Vai divulgou seu primeiro grande trabalho solo, ‘Passion and Warfare’.

Durante entrevista à Guitar World, Steve Vai definiu seu período com o Whitesnake como “perfeito”. Os motivos? Ele não tinha que liderar a banda, contava com o “melhor vocalista do mundo na época” e ainda era tratado como rei.

“Os caras eram fantásticos. Rudy Sarzo (baixista) é o mais legal do mundo. Tommy Aldridge (baterista) é hilário e talentoso. Adrian Vandenberg (guitarrista) era fantástico, muito culto, e era um grande músico com ótimo tom. E todos toleraram minha atitude e o fato de eu ser pretensioso”, afirmou.

Vai opinou que ‘Slip of the Tongue’ é um grande álbum, “mesmo sendo um pouco diferente dos outros do Whitesnake”. Ele refletiu, ainda, sobre a forma como tocava naquela época – após tantos anos, o guitarrista assistiu novamente ao show no Monsters of Rock em Donington, de 1990, e se surpreendeu.

“Há alguns anos, vi aquele show e não acreditei. Era muito feroz, tinha uma agressão forte, além de muito controle. Na época, eu achava que não era tão bom, não entendia por que as pessoas reagiam tão bem à forma como eu tocava”, disse.

O músico refletiu que muitos outros pensam dessa mesma forma quando analisam seus próprios trabalhos. “Você sente que está tocando a coisa certa, mas sempre tem aquele pensamento de que dá para fazer mais, ou melhor. Você vai ficando mais velho e nota que não reconhecia, antes, o quanto era bom”, afirmou.

Os projetos antes da carreira solo

Durante a mesma entrevista, Steve Vai afirmou que não trocaria por nada as experiências que teve com Whitesnake e David Lee Roth. Porém, disse que sempre enxergou esses trabalhos como “passageiros”.

“Amava esses caras e não troco essas experiências que tive com eles por nada. Porém, enquanto passava por tudo isso, vi como era fácil criar uma identidade, do tipo: ‘sou um rockstar, toco em arenas, venço todas as enquetes de melhor músico, ganho tanto dinheiro, então, esse sou eu e vou me prender a isso para sempre’. Isso sempre me pareceu um pensamento insano. Claro que curti tudo aquilo, mas sabia que não faria aquilo a vida toda, porque a música que eu tinha guardada em mim precisava sair. Caso contrário, minha carreira seria um fracasso retumbante”, explicou.

Sobre Frank Zappa, Steve Vai disse que se sentia intimidado pelo ídolo. “Eu tinha 18 anos e aquele ali era Frank Zappa. Eu ficava pensando o que raios estava fazendo ali. Mas é engraçado, porque ao mesmo tempo, em termos de performance, eu era diferente. Eu sabia que poderia contribuir e me sentia confiante”, afirmou.

Após deixar a banda de Frank Zappa, Steve Vai integrou o Alcatrazz, mas ficou por pouco tempo. “Eu já sabia que não gastaria minha vida naquilo, mas vi como uma boa oportunidade para entrar no centro das atenções de um virtuoso incrível, Yngwie Malmsteen, e fazer um disco de rock com caras legais. Nunca vi as bandas que entrava como um compromisso para a vida”, disse.

Vai saiu do Alcatrazz direto para a banda solo de David Lee Roth, recém-saído do Van Halen. Após gravar dois discos, ele integrou o Whitesnake. Mesmo nesses projetos maiores, ele nunca pensou em ficar por tanto tempo.

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