A biografia de Joe Bonamassa mostra como a música – particularmente o blues – sempre esteve presente na vida do guitarrista. Desde sua infância, passando pelo início na guitarra e pelas bandas em que tocou, Bonamassa desenvolveu um estilo que o consagrou como um dos grandes nomes do blues contemporâneo.
Para contar a história de Joe Bonamassa, a Guitarload reuniu nessa biografia todos os detalhes de sua vida pessoal e profissional. Entre os destaques estão a participação na banda Black Country Communion, a colaboração com a cantora Beth Hart, além dos treze álbuns já lançados como artista solo.
Joe Bonamassa: o garoto prodígio
Joseph Leonard Bonamassa nasceu no dia 8 de maio de 1977 na cidade de Utica, no estado americano de Nova York. Seus pais se chamavam Lean e Debra Bonamassa e eram donos de uma loja de instrumentos musicais.
Dessa forma, o jovem menino prodígio foi incentivado logo cedo no mundo da música e aprendeu a tocar guitarra ainda aos quatro anos de idade. Em sua casa, seus pais o apresentaram à obra de grandes nomes do blues como Stevie Ray Vaughan, Eric Clapton e Peter Green.
Um pouco tempo depois, aos sete anos, Joe Bonamassa ganhou sua primeira guitarra elétrica: uma Fender Stratocaster com apelido de “Rosie”. Ele deu esse nome por causa da cor avermelhada do instrumento, que foi onde fez suas primeiras composições.
Joe Bonamassa e o início na guitarra
Já com os primeiros acordes debaixo dos dedos antes dos cinco anos de idade, Bonamassa começou a desenvolver seu estilo tendo como base os clássicos do blues. Aos onze anos, passou a ter aulas de guitarra com Danny Gatton, guitarrista famoso por combinar o blues com outros gêneros como o jazz, rock e country.
Em sua época de escola, Joe Bonamassa começou sua primeira banda, que se apresentava com o nome de Smokin´ Joe Bonamassa. O grupo chegou a se apresentar em Nova York, Pennsylvania e Buffalo. Foi nessa ocasião que Bonamassa, aos 12 anos, teve a chance de abrir o show de ninguém menos do que B. B. King.
Na oportunidade, o guitarrista também fez uma participação no show da lenda do blues e ganhou elogios por sua performance. Esse dia ficaria marcado para sempre na memória de Bonamassa como a ocasião em que pode realizar o sonho de tocar com um dos seus grandes ídolos.
As bandas de Joe Bonamassa
A biografia de Joe Bonamassa conta com uma série de projetos e bandas, sempre com o blues como fio condutor. Ao longo de sua história, o músico já acumulou lançamentos com Black Country Communion, Rock Candy Funk Party, Beth Hart, e diversos outros artistas.
Smokin´ Joe Bonamassa
A primeira banda de Joe Bonamassa, como dito anteriormente, foi a Smokin’ Joe Bonamassa, grupo que fundou aos 12 anos de idade. O conjunto criado enquanto Joe ainda estava na escola não chegou a gravar discos, mas foi responsável por um dos momentos mais marcantes de sua carreira, quando se apresentou ao lado de B. B. King.
Bloodline
Nos anos 1990, Joe Bonamassa participou de um evento organizado pela Fender onde conheceu o baixista e vocalista Berry Oakley Jr, filho de Berry Oakley, baixista do The Allman Brothers Band.
Joe Bonamassa levou ao recém-conhecido sua ideia de criar uma banda que contaria também com Erin Davis, filho de Miles Davis, na bateria e Aaron Hagar, filho de Sammy Hagar, do Van Halen, como vocalista.
O grupo ainda contaria com o tecladista Lou Segreti e passou a se chamar Bloodline, algo como “linhagem de sangue”, uma vez que vários de seus integrantes tinham parentesco com grandes nomes da música.
Nesse meio tempo, Joe Bonamassa conheceria Roy Weisman, que seria seu empresário e amigo ao longo de sua carreira. Após ajustes na formação, o Bloodline começou a gravar as primeiras demos até lançar o primeiro álbum, autointitulado, em 23 de agosto de 1994.
O single “’Stone Cold Hearted” ganhou avaliações positivas na mídia especializada e a performance do jovem Bonamassa foi apontada como grande destaque. Após a gravação desse disco, o guitarrista resolveu sair da banda e buscar outras possibilidades musicais.
A carreira solo de Joe Bonamassa
Após acumular uma série de experiências musicais, Joe Bonamassa iniciou sua carreira solo com o lançamento de “A New Day Yesterday” (2000). Entre os destaques dessa nova fase estão os álbuns “Sloe Gin” (2007) e “Blues of Desperation” (2016).
Foi ao longo dos trezes discos como artista solo que Bonamassa lançou alguns de seus principais sucessos como as músicas “Blues Deluxe”, presente no disco de mesmo nome, de 2003, e as canções “Drive” e “Mountain Climbing”, ambas do “Blues of Desperation”.
Outros lançamentos de Joe Bonamassa incluem também uma série de álbuns ao vivo como o “Shepherds Bush Empire” (2007) e o recente “Live at the Sydney Opera House” (2019). Ainda em seus trabalhos solos, foram cerca de 30 singles lançados, sendo “Miss You, Hate You” (2001) o primeiro, retirado do disco de estreia do músico.
Black Country Communion
Em 2009, Joe Bonamassa formou o supergrupo Black Country Communion com uma sonoridade entre o hard rock e o blues. A banda contava com grandes nomes como o vocalista Glenn Hughes (ex-Deep Purple), o baterista Jason Bonham (filho de John Bonham, do Led Zeppelin) e o tecladista Derek Sherinian (ex-Dream Theater).
O grupo gravou quatro álbuns: “Black Country Communion” (2010), “Black Country Communion 2” (2011), “Afterglow” (2012) e “BCCIV” (2017), todos pela gravadora de J & R Adventures, de Joe Bonamassa, com produção de Kevin Shirley, produtor e grande parceiro musical de Bonamassa por diversas ocasiões.
O projeto ainda rendeu um álbum ao vivo chamado “’Live Over Europe” (2012) e videoclipes de sucessos como “The Great Divide” e “Man in the Middle”. O grande destaque fica com a música “Song of Yesterday” que já está batendo a marca de 5 milhões de streamings no Spotify.
Joe Bonamassa e Beth Hart
Para traçar um panorama sobre a carreira de Joe Bonamassa, é necessário falar de sua colaboração com a cantora americana Beth Hart. A parceria teve início no álbum “Don´t Explain” (2011) composto exclusivamente por covers.
O grande momento do registro – também um dos principais momentos da biografia de Joe Bonamassa – é a versão da música “I´d Rather Go Blind”, lançada originalmente por Etta James, em 1968.
A parceria com Beth Hart renderia outros discos que fazem parte da história de Bonamassa. São eles “Seesaw” (2013), “Live in Amsterdam” (2014) e “Black Coffee” (2018). Todos os álbuns de estúdio foram produzidos por Kevin Shirley enquanto o registro ao vivo teve a produção assinada pela própria Beth.
Rock Candy Funk Party
Mais voltada para a soul music e para o funk, a banda Rock Candy Funk Party foi fundada em 2009 pelo baterista Tal Bergman e pelo guitarrista Ron DeJesus. Pouco tempo depois, se juntaram ao grupo o baixista Mike Merritt, o tecladista Renato Neto, além de Joe Bonamassa.
Essa foi a formação que lançou o debut “We Want Groove” (2013), que fez um sucesso considerável nas paradas americanas de jazz. Dois anos mais tarde, o grupo se reuniria para “Groove is King” (2015), segundo registro.
Após passar por algumas mudanças no line-up, mas sempre com Bonamassa na guitarra, o Rock Candy Funk Party lançou o terceiro disco “The Groove Cubed” (2017), que teve como single o sucesso “Don´t Even Try It”.
A coleção de guitarras de Joe Bonamassa
Não dá para responder à pergunta “quem é Joe Bonamassa” sem mencionar seu curioso hábito de colecionar instrumentos vintage. São aproximadamente 400 modelos de guitarras e outros 400 de amplificadores.
Em sua casa na Califórnia, chamada de Nerdville, o músico guarda suas raridades, a maioria da marca Gibson. Joe Bonamassa carinhosamente chama sua vasta coleção de “Bona-seum”. Alguns dos modelos presentes em seu acervo são a 1963 Gibson SG Special, 1953 “Walter” Gibson J-200, 1963 Gibson EB-6, 1972 Gibson ES-355TDC e a 1961 Gibson ES-335TDC.
Sobre Joe Bonamassa
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