Nos últimos anos, João Hanysz tem ganhado visibilidade no cenário da guitarra aqui no Brasil. Seu projeto de maior destaque é o duo com Eloy Casagrande, hoje baterista do Slipknot. Mas o trabalho de Hanysz vai além.
Ele também trabalha com produção musical, criação de trilhas para TV, além de ser professor e sound designer. Dono de uma musicalidade incrível, Hanysz tem uma abordagem moderna, pesada, com técnica apurada, senso melódico diferenciado e timbres matadores.
Enfim, um guitarrista fantástico que você precisa conhecer mais. Em seguida, acompanhe um trecho da entrevista presente na edição de agosto da revista Guitarload!
Entrevista: João Hanysz
Como foi seu início na guitarra e quem foram suas influências iniciais?
Eu sempre tive um berço muito musical. Minha mãe canta, tem banda de rock. Meu pai é multi-instrumentista. Eu tive tios que me apresentaram música desde que eu era criança.
Me lembro que, com 8 anos, já ouvia The Mars Volta, Faith No More, curtia System of a Down desde muito cedo. Meu primeiro instrumento foi uma bateria, quando eu tinha 3, 4 anos de idade. Na época, eu sempre tive fixação por instrumentos de cordas, mas nunca consegui segurá-los na mão, pois eu era muito pequeno.
A partir dos 6 anos, meu pai colocou um violão no meu colo e a partir dali comecei a tocar com os livros de cifras dele, inicialmente mais MPB. Quando eu tinha 9 anos, ganhei minha primeira guitarra, mas curiosamente não me agradava o som dela plugado.
Nessa época, eu gostava muito de tocar violão fingerstyle. Foi assim até os 15 anos. Então, redescobri a guitarra por meio do Dream Theater. O John Petrucci foi o primeiro cara por quem fiquei obcecado. Foi ele quem me fez largar um pouco o violão e ir para a guitarra, praticar técnica, buscar timbres melhores. Nessa época, comecei a estudar de 6 a 8 horas por dia.
Você disse que começou sua vida musical com afinidade à bateria, e hoje tem um projeto com o Eloy Casagrande, que é considerado o melhor baterista de metal do mundo. Eu vejo em suas músicas uma abordagem muito rítmica. Pergunto: antes mesmo do Eloy, os primeiros bateristas com quem teve contato te influenciaram nessa abordagem na guitarra?
Sim! Com 19 anos, eu tinha uma banda na qual tocava bateria. Era um cover de Megadeth. Depois tive outras bandas em que também era baterista. A primeira vez que eu parei e toquei com alguém foi em uma dupla com um amigo, na qual eu tocava bateria; ele, guitarra. Nós tocávamos músicas do Dream Theater. Eu era pirado na bateria, tanto que, até meus 17, 18 anos, eu queria ser baterista, apesar de eu praticar muita guitarra.
Eu acho que isso foi importante na maneira como eu componho, em geral. Tem gente que ouve meu som pela primeira vez e comenta que tenho influências de Joe Satriani, Steve Vai, Malmsteen. Na verdade, nunca foram uma influência tão direta. Sempre achei que, nesse tipo de música, os demais instrumentos ficavam muito básicos.
A função da bateria e do baixo acaba sendo de fazer o suporte. Parece que todo mundo tem que fazer de tudo para a guitarra aparecer e estar no centro. E eu, por conhecer a bateria e as possibilidades do instrumento, acabava sentindo falta de ver o talento na batera. Se eu for escrever música na guitarra, não quero que só ela seja interessante (…)
Leia toda a entrevista na revista Guitarload
E aí, curtiu essa amostra e deseja ler o conteúdo na íntegra? Basta acessar a edição atual da Revista Guitarload, que está disponível gratuitamente por tempo limitado. Na entrevista, João Hanysz fala sobre diversos temas interessantes, como equipamentos e sound design.
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