Noel Gallagher recentemente participou do quadro “Desert Island Discs”, da BBC Radio 4, e falou sobre oito músicas que não poderiam faltar em sua playlist caso ele fosse deixado em uma ilha deserta. Citando influências da sua sonoridade na carreira-solo e no Oasis, Noel prestou uma verdadeira homenagem à música britânica.
Confira a lista:
The Sex Pistols – “Pretty Vacant”
“Eu tinha oito anos de idade ou algo perto disso e me lembro de estar na rua e ver um skinhead – ele tinha um ponto de exclamação de spray na cabeça. Eu me lembro de estar com a minha mãe e pensar, ‘Wow, o que é isso?’ Eu adoro o disco porque a música era ótima e era um grande álbum pop. O Sex Pistols mudou tudo. Era o renascimento da cultura jovem, que estava morta.”
David Bowie – “Let’s Dance”
“Eu me lembro muito bem de uma noite em que tinha esse negócio passando na TV chamado ‘The 5 Minute Profile: David Bowie’. Eu nunca tinha prestado atenção em David Bowie, ele não significava muito para mim. Eu nunca tinha ouvido a canção ‘Heroes’ antes e fiquei surpreso. Eu fiquei, tipo, ‘Isso é maravilhoso’. O único motivo pelo qual não vou escolher ‘Heroes’ é a minha esposa – a adorável Sarah – que me disse de manhã, ‘Você vai escolher Let’s Dance do David Bowie, não vai?’ e eu disse, ‘Bem, eu ia escolher Heroes’. Ela disse, ‘Escolha Let’s Dance, você me faz ouvir essa música três vezes por semana. Você estragou a música para mim. Eu agora odeio a música porque você toca demais. Não vá até o Desert Island Discs sem escolher essa música.”
Pink Floyd – “Nobody Home”
“Eu sei a letra inteira. Posso cantar em sequência facilmente. Roger Waters: eu adoraria conhecê-lo. As composições são tão simples, mas ainda assim a história é tão grandiosa e tudo é tão épico. Eu gostaria de poder compor um álbum como The Wall – com um conceito. Essa faixa entorta a minha cabeça. Eu provavelmente roubei trechos dela pelo menos umas três vezes.”
The Smiths – “Hand In Glove”
“Um dos únicos empregos que tive foi em uma empresa de serigrafia, e o rádio sempre estava ligado. Eu me lembro de um dia tocar The Smiths à tarde e eu fiquei tipo, ‘Wow, o que é isso?’. Eu amo essa faixa porque foi o primeiro single e tem um charme especial. Eles são muito importantes para a música nesse país, particularmente a música alternativa. A última vez que saí com Morrissey foi em Los Angeles. Meu queixo doía de tanto rir, principalmente porque ele estava tirando sarro de Russell Brand.”
A Guy Called Gerald – “Voodoo Ray”
“Após o punk rock, que foi a segunda explosão da cultura jovem, a terceira, que foi o acid house em 1987, aconteceu em uma casa noturna chamada Hacienda. Ficava a 40 segundos a pé da minha casa. Eu me lembro de ir até lá uma noite e, é claro, sem nunca ter consumido ecstasy, pensava: ‘Isso não faz sentido. Que tipo de música é essa? Não há letra, é só uma bateria eletrônica e não consigo ouvir mais nada”. E aí eu tomei ecstasy, voltei e pensei ‘Isso é a melhor coisa que já ouvi na minha vida.’ A música amo até hoje.”
U2 – “With Or Without You”
“Na época, o disco The Joshua Tree era apenas mais um disco. Você ouve hoje e, honestamente, é facilmente um dos melhores conjuntos de músicas que já foram compostas em todos os tempos. Eu amo o U2. Se você não entende a banda, não entende, e sinto muito se você não entende.”
The Ronettes – “Be My Baby”
“Eu conheci a Sarah em uma balada em Ibiza. Você não deveria conhecer a sua futura esposa em uma balada em Ibiza. Se eu pensar em uma pessoa com quem gostaria de sair para a noite, seria Sarah. Uma pessoa com quem gostaria de ir a um almoço com bebidas, seria ela. Eu não consigo enxergar minha vida sem ela, ela é tudo para mim. Essa foi a música da primeira dança em nosso casamento.
The Beatles – “Ticket To Ride”
“Não posso terminar sem mencionar os Beatles. A primeira guitarra que eu comprei quando juntei algum dinheiro foi uma Epiphone, que era a que eles costumavam tocar. Eles significam muito para mim musicalmente. Eles são simplesmente a melhor coisa que já existiu na música.”
As informações são do portal Tmdqa.