Em recente entrevista, Greg Howe refletiu sobre a arte musical e revelou que deixou de priorizar a guitarra em prol da composição.
Além disso, o músico contou como percebeu que não superaria tecnicamente nomes como Paul Gilbert e Jason Becker.
Guitarra em segundo lugar
Perguntado se é mais um compositor do que um guitarrista em entrevista com a Guitar World, Greg respondeu:
“Se eu não pudesse mais tocar guitarra, estaria igualmente interessado em música. Eu criaria música em outras esferas, porque a guitarra está sempre em segundo lugar na minha lista de prioridades”.
Ele completou: “Espero que as pessoas entendam isso. A música é sobre fazer alguém sentir algo. Trata-se de tentar contar uma história com uma composição. Essa sempre foi a minha base”.
Mentalidade musical
Greg Howe prosseguiu com o raciocínio: “Se você já ouviu minha música, não sou um daqueles caras que apenas juntam uma boa progressão como pretexto para explodir um monte de notas sobre os acordes”.
“Isso pode ser divertido de ouvir, e alguns caras são ótimos nessa proposta. No entanto, nunca foi o meu caso. Filosoficamente, minha mentalidade continua a mesma”, garantiu.
Limite técnico
Na mesma conversa, Greg Howe relembrou o início na música e revelou que, em certo momento, entendeu que não valia a pena tentar superar seus limites técnicos.
“Voltando ao meu começo, percebi que, quando se trata de técnica pura, eu não conseguiria ir além de caras como Paul Gilbert e Jason Becker”.
“Eu pensei: ‘Ok, o que vou fazer depois disso?’. Então, acho que minha expansão veio na composição, na harmonia e na implementação de mais influências, como John Scofield”.
Divisor de águas
Greg ainda citou o disco Introspection, de 1993. “Meu pensamento desde esse álbum foi: ‘Como posso unir a sofisticação musical de Scofield e George Benson à energia incendiária de Van Halen?’”, contou.
“Não quero dizer que odeio os outros tipos de sons, mas realmente aprecio uma energia mais sofisticada na guitarra. Essa foi a mudança de mentalidade mais significativa para mim, que carrego até hoje”.