Quando não estão nos palcos, muitos músicos estão em estúdios ou até mesmo praticando em casa, quase sempre usando equipamentos em alto volume. Esquecem, por vezes, do risco que correm de sofrerem danos auditivos cada vez mais severos.
O gigante Eric Clapton já anunciou que está perdendo a audição. O guitarrista, em entrevista para um documentário sobre sua carreira, falou sobre as sequelas, reflexo dos mais de 50 anos que passou em cima dos palcos.
Além de Clapton, diversos músicos famosos têm perda auditiva. Chris Martin, vocalista da banda britânica Coldplay, foi diagnosticado com tinnitus (zumbido) há mais de dez anos. Phil Collins, Ozzy Osbourne, Bono (U2), o brasileiro Rogério Flausino (Jota Quest) e até Ludwing van Beethoven têm ou tiveram que realizar mudanças em suas carreiras após uma perda de audição significativa.
“É importante que os músicos atentem para a importância de se prevenir de danos auditivos usando tampões durante os shows. E para quem já foi ao médico e detectou a perda auditiva, é recomendada a avaliação com uma fonoaudióloga para que se identifique o melhor aparelho auditivo”, explica Marcella Vidal, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas.
A especialista prossegue: “Além de não ouvir direito, perda auditiva em músicos pode causar perda emocional também. Por isso, é tão importante usar a prótese auditiva, que traz de volta não somente a audição, mas também a sensibilidade por meio da música e da criatividade”.
Atualmente, com as novas tecnologias, os aparelhos auditivos são discretos, têm design moderno e podem oferecer uma boa qualidade de vida, inclusive com a continuidade da carreira musical dos artistas. Estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a perda de audição relacionada ao ruído musical a segunda maior causa de surdez no mundo.
Por isso, Vidal recomenda o uso frequente de protetores auriculares, como os da Telex e de outras fabricantes. “Os protetores não eliminam o som por completo e nem impedem que o músico ouça o seu instrumento ou o que acontece à sua volta. Eles apenas reduzem o volume excessivo que chega aos ouvidos, protegendo a cóclea e propiciando uma audição mais confortável do som ambiente”, ressalta a fonoaudióloga, que é especialista em audiologia.