Para Marcão, Champignon era uma pessoa alegre e divertida. “Não tem como mensurar o choque, ainda mais depois do outro choque que a gente já teve no começo do ano. Da forma como foi, é difícil assimilar, ver que isso é uma realidade. A meu ver ele era um cara muito alegre, um cara que gostava de viver a vida, gostava de estar com os amigos, brincalhão, um grande talento. é inacreditável”, diz.
O guitarrista lembra que esteve com Champignon pela última vez na quinta-feira, durante um ensaio em sua casa. “A gente fez um último ensaio na quinta-feira, reunimos algumas músicas que estávamos fazendo para o disco da ‘Banca’, ele estava normal. Estávamos nos preparando para uma maratona de ensaios. A gente vinha de uma batalha violenta nesta questão de estarmos fazendo nosso projeto, mas nada passa perto de uma justificativa dessa. Acho que foram alguns segundos da vida dele que ele perdeu o controle”, lamenta o guitarrista.
Marcão também lamenta a perda do talento para a música e o fim da banda Charlie Brown Jr. “é um cara que vai fazer muita falta, a gente fez muita coisa no Charlie Brown juntos, vários discos legais, era um cara com uma super vibe legal para trabalhar. Ele estava encarando esse desafio de encarar o microfone e ser vocal, a gente estava dando muito apoio para ele, estávamos como amigos acima de qualquer coisa. é uma pena a gente estar vendo a banda que a gente construiu simplesmente sendo dizimada em um espaço de seis meses. é complicado, muito difícil”, diz Marcão.
Fonte: G1