Diversos clássicos como “Stairway to Heaven” e “Shine On You Crazy Diamond” apresentam uma longa duração, mas mesmo assim isso não impediu que fossem sempre amados e cultuados por muitos fãs. O resultado de pesquisas recentes, entretanto, revela que a nova geração prefere músicas pequenas e tende a rejeitar esse tipo de composição com mais do que 3 minutos.
Chamada de “geração da audição ansiosa”, esse novo perfil de consumidor está ditando uma nova tendência para produtores e compositores – principalmente na música pop – que é responsável por deixar os novos lançamentos mais curtos e objetivos.
Como documentou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, esses estudos foram realizados pelas principais plataformas de streaming como Spotify, Deezer e Amazon Music. “O compositor precisa pensar em músicas pequenas; o produtor tem de fazer com que tudo seja mais direto e funcional para que o ouvinte não vá embora e a própria plataforma deve responder rápido à nova demanda do ouvinte que ajudou a criar”, diz o texto.
Geração de músicas pequenas?
Em outro trecho, a reportagem deixa claro que, ao longo da história da música brasileira, diversos sucessos apresentavam duração reduzida. É o caso de músicas de João Gilberto, Dorival Caymmi e Tom Jobim. “A exigência do tempo curto não é uma novidade. Elas soam como profanação por virem agora como um dos ditados para se fazer um novo hit, mas, na verdade, essa sempre foi a regra”, completa o texto.